Gula: resíduo medieval em Os Maias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, Patrícia Elainny Lima
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Capítulo de livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
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Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/40168
Resumo: A espiritualidade passou por várias mudanças ao longo da existência humana. Uma das mais notáveis se deu com o advento do cristianismo, que aos poucos foi se impondo por meio de regras que regiam a boa conduta para que o indivíduo pudesse se achegar mais facilmente a Deus. Mas nem sempre o bom procedimento era seguido. Então, para extirpar o mau comportamento, a Igreja medieval se ocupou de "educar" o homem por meio da religião em vários aspectos, entre os quais, o corpo. A alimentação, assim como o sexo, é uma necessidade do corpo humano, não como prazer, mas como meio de sobrevivência, ou seja, é imprescindível para as suas funções vitais.[...]Fica fácil de perceber, após o exposto, que o pecado da gula presente em Os Maias, se configura, portanto, como resíduo da mentalidade cristã medieval sedimentada nos costumes da elite lisboeta. Sendo assim, podemos afirmar que a Teoria da Residualidade' concorre para evidenciar este fato, uma vez que a permanência de preceitos morais de uma época anterior, a Idade Média, renova-se e se refaz num momento ulterior, o século XIX português.
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