Processo colonizador no Brasil: as linhas de escape pela diáspora na produção e reprodução de arquivos e repertórios
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
dARK ID: | ark:/83112/001300000zkfw |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/48851 |
Resumo: | A lógica colonial carrega consigo o lastro da impureza. Ela provoca o hibridismo, a mistura, a transformação em novas ideias, culturas e organizações políticas. Essa formação sincrética é forjada dentro das relações de poder. O sincretismo cultural e religioso é talhado sempre como fuga, escape e deslize ao discurso oficial. Esse artigo tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre as tendências teóricas pós-coloniais. Usa-se autores clássicos como Paul Gilroy (2001) e Stuart Hall (2003), além de autoras que trabalham o feminismo pós-colonial como Puar (2013)e Diana Taylor (2013). Para pensar o contexto brasileiro usa-se o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro (2016). O conceito de culturas viajantes de Gilroy (2001) diz respeito aos negros traficados através do atlântico. Afirma que eles carregavam experiências culturais. Essa ideia expressa a proliferação da cultura negra através do tráfico negreiro. Para Taylor (2013) o processo colonizador das Américas trouxe com ele a imposição de um arquivo, da ordem da linguagem escrita, que tentou suplantar a cultura, identidade e linguagens locais pela imposição do modo de ser, sentir e pensar europeu. A tentativa de apagamento das culturas locais, do esquecimento das práticas rituais e religiosas tentou destruir o repertório dessas populações. Eduardo Viveiros de Castro (2016) realiza uma crítica ao colonialismo continuado que se materializa com os constantes ataques aos povos indígenas no Brasil, principalmente no que diz respeito a PEC 215. ASua crítica é direcionada a nação que forja uma cidadania completamente normativa e excludente herdeira da colonização que vem se estendendo e atualizando há cinco séculos. |
id |
UFC-7_ecfcd6d57ff32911de33ab855d54bfba |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufc.br:riufc/48851 |
network_acronym_str |
UFC-7 |
network_name_str |
Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
repository_id_str |
|
spelling |
Processo colonizador no Brasil: as linhas de escape pela diáspora na produção e reprodução de arquivos e repertóriosEstudos pós-coloniaisDiásporaColonização do BrasilA lógica colonial carrega consigo o lastro da impureza. Ela provoca o hibridismo, a mistura, a transformação em novas ideias, culturas e organizações políticas. Essa formação sincrética é forjada dentro das relações de poder. O sincretismo cultural e religioso é talhado sempre como fuga, escape e deslize ao discurso oficial. Esse artigo tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre as tendências teóricas pós-coloniais. Usa-se autores clássicos como Paul Gilroy (2001) e Stuart Hall (2003), além de autoras que trabalham o feminismo pós-colonial como Puar (2013)e Diana Taylor (2013). Para pensar o contexto brasileiro usa-se o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro (2016). O conceito de culturas viajantes de Gilroy (2001) diz respeito aos negros traficados através do atlântico. Afirma que eles carregavam experiências culturais. Essa ideia expressa a proliferação da cultura negra através do tráfico negreiro. Para Taylor (2013) o processo colonizador das Américas trouxe com ele a imposição de um arquivo, da ordem da linguagem escrita, que tentou suplantar a cultura, identidade e linguagens locais pela imposição do modo de ser, sentir e pensar europeu. A tentativa de apagamento das culturas locais, do esquecimento das práticas rituais e religiosas tentou destruir o repertório dessas populações. Eduardo Viveiros de Castro (2016) realiza uma crítica ao colonialismo continuado que se materializa com os constantes ataques aos povos indígenas no Brasil, principalmente no que diz respeito a PEC 215. ASua crítica é direcionada a nação que forja uma cidadania completamente normativa e excludente herdeira da colonização que vem se estendendo e atualizando há cinco séculos.Universidade Federal do Ceará2019-12-18T14:55:04Z2019-12-18T14:55:04Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectapplication/pdfBEZERRA, Pedro Henrique Almeida; VALE, Alexandre Fleming Camara. Processo colonizador no Brasil: as linhas de escape pela diáspora na produção e reprodução de arquivos e repertórios. Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. (Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação, 9).http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/48851ark:/83112/001300000zkfwBezerra, Pedro Henrique AlmeidaVale, Alexandre Fleming Câmarainfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFC2023-10-02T13:23:34Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/48851Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2024-09-11T18:20:48.141992Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Processo colonizador no Brasil: as linhas de escape pela diáspora na produção e reprodução de arquivos e repertórios |
title |
Processo colonizador no Brasil: as linhas de escape pela diáspora na produção e reprodução de arquivos e repertórios |
spellingShingle |
Processo colonizador no Brasil: as linhas de escape pela diáspora na produção e reprodução de arquivos e repertórios Bezerra, Pedro Henrique Almeida Estudos pós-coloniais Diáspora Colonização do Brasil |
title_short |
Processo colonizador no Brasil: as linhas de escape pela diáspora na produção e reprodução de arquivos e repertórios |
title_full |
Processo colonizador no Brasil: as linhas de escape pela diáspora na produção e reprodução de arquivos e repertórios |
title_fullStr |
Processo colonizador no Brasil: as linhas de escape pela diáspora na produção e reprodução de arquivos e repertórios |
title_full_unstemmed |
Processo colonizador no Brasil: as linhas de escape pela diáspora na produção e reprodução de arquivos e repertórios |
title_sort |
Processo colonizador no Brasil: as linhas de escape pela diáspora na produção e reprodução de arquivos e repertórios |
author |
Bezerra, Pedro Henrique Almeida |
author_facet |
Bezerra, Pedro Henrique Almeida Vale, Alexandre Fleming Câmara |
author_role |
author |
author2 |
Vale, Alexandre Fleming Câmara |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bezerra, Pedro Henrique Almeida Vale, Alexandre Fleming Câmara |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Estudos pós-coloniais Diáspora Colonização do Brasil |
topic |
Estudos pós-coloniais Diáspora Colonização do Brasil |
description |
A lógica colonial carrega consigo o lastro da impureza. Ela provoca o hibridismo, a mistura, a transformação em novas ideias, culturas e organizações políticas. Essa formação sincrética é forjada dentro das relações de poder. O sincretismo cultural e religioso é talhado sempre como fuga, escape e deslize ao discurso oficial. Esse artigo tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre as tendências teóricas pós-coloniais. Usa-se autores clássicos como Paul Gilroy (2001) e Stuart Hall (2003), além de autoras que trabalham o feminismo pós-colonial como Puar (2013)e Diana Taylor (2013). Para pensar o contexto brasileiro usa-se o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro (2016). O conceito de culturas viajantes de Gilroy (2001) diz respeito aos negros traficados através do atlântico. Afirma que eles carregavam experiências culturais. Essa ideia expressa a proliferação da cultura negra através do tráfico negreiro. Para Taylor (2013) o processo colonizador das Américas trouxe com ele a imposição de um arquivo, da ordem da linguagem escrita, que tentou suplantar a cultura, identidade e linguagens locais pela imposição do modo de ser, sentir e pensar europeu. A tentativa de apagamento das culturas locais, do esquecimento das práticas rituais e religiosas tentou destruir o repertório dessas populações. Eduardo Viveiros de Castro (2016) realiza uma crítica ao colonialismo continuado que se materializa com os constantes ataques aos povos indígenas no Brasil, principalmente no que diz respeito a PEC 215. ASua crítica é direcionada a nação que forja uma cidadania completamente normativa e excludente herdeira da colonização que vem se estendendo e atualizando há cinco séculos. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016 2019-12-18T14:55:04Z 2019-12-18T14:55:04Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/conferenceObject |
format |
conferenceObject |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
BEZERRA, Pedro Henrique Almeida; VALE, Alexandre Fleming Camara. Processo colonizador no Brasil: as linhas de escape pela diáspora na produção e reprodução de arquivos e repertórios. Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. (Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação, 9). http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/48851 |
dc.identifier.dark.fl_str_mv |
ark:/83112/001300000zkfw |
identifier_str_mv |
BEZERRA, Pedro Henrique Almeida; VALE, Alexandre Fleming Camara. Processo colonizador no Brasil: as linhas de escape pela diáspora na produção e reprodução de arquivos e repertórios. Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. (Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação, 9). ark:/83112/001300000zkfw |
url |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/48851 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Ceará |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Ceará |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) instname:Universidade Federal do Ceará (UFC) instacron:UFC |
instname_str |
Universidade Federal do Ceará (UFC) |
instacron_str |
UFC |
institution |
UFC |
reponame_str |
Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
collection |
Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC) |
repository.mail.fl_str_mv |
bu@ufc.br || repositorio@ufc.br |
_version_ |
1818373865947004928 |