Processo colonizador no Brasil: as linhas de escape pela diáspora na produção e reprodução de arquivos e repertórios

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bezerra, Pedro Henrique Almeida
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Vale, Alexandre Fleming Câmara
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
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Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/48851
Resumo: A lógica colonial carrega consigo o lastro da impureza. Ela provoca o hibridismo, a mistura, a transformação em novas ideias, culturas e organizações políticas. Essa formação sincrética é forjada dentro das relações de poder. O sincretismo cultural e religioso é talhado sempre como fuga, escape e deslize ao discurso oficial. Esse artigo tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre as tendências teóricas pós-coloniais. Usa-se autores clássicos como Paul Gilroy (2001) e Stuart Hall (2003), além de autoras que trabalham o feminismo pós-colonial como Puar (2013)e Diana Taylor (2013). Para pensar o contexto brasileiro usa-se o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro (2016). O conceito de culturas viajantes de Gilroy (2001) diz respeito aos negros traficados através do atlântico. Afirma que eles carregavam experiências culturais. Essa ideia expressa a proliferação da cultura negra através do tráfico negreiro. Para Taylor (2013) o processo colonizador das Américas trouxe com ele a imposição de um arquivo, da ordem da linguagem escrita, que tentou suplantar a cultura, identidade e linguagens locais pela imposição do modo de ser, sentir e pensar europeu. A tentativa de apagamento das culturas locais, do esquecimento das práticas rituais e religiosas tentou destruir o repertório dessas populações. Eduardo Viveiros de Castro (2016) realiza uma crítica ao colonialismo continuado que se materializa com os constantes ataques aos povos indígenas no Brasil, principalmente no que diz respeito a PEC 215. ASua crítica é direcionada a nação que forja uma cidadania completamente normativa e excludente herdeira da colonização que vem se estendendo e atualizando há cinco séculos.
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