Da terra e do céu, a poesia que vem dos bichos: Manoel de Barros e suas memórias inventadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coutinho, Fernanda Maria Abreu
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/19561
Resumo: Em Memórias inventadas, A infância (2003), A segunda infância(2006) e A terceira infância (2008), Manoel de Barros (Cuiabá,MT, 1916) traz para a escrita memorialista aspectos formais inusitados e apresenta uma fauna sui generis, composta por lesmas, lacraias, sapos, entre outros animais que habitualmente fogem a uma valoração positiva do ponto de vista estético. A exceção ficaria por conta dos pássaros, que se furtam ao padrão de apreciação dos bichos já referidos. O presente trabalho busca,de início, evidenciar a poesia do escritor como espaço de inclusão do que muitas vezes é tomado como repulsivo,evidenciando o sentido de metamorfose da arte, enquanto terreno da outridade; em segundo lugar, interessa ver como afigura do animal, em sua atuação no mundo natural, funciona como suporte para a dicção metanarrativa que impregna todo o relato, sendo, portanto, de suma importância, uma vez que as Memórias situam-se no domínio da poeisis.
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