Entre informalidades e ilegalismos: pensando a experiência de Polícia Comunitária no Ceará
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/21552 |
Resumo: | Nas sociedades contemporâneas, as Polícias integram o aparato da segurança pública dos Estados Nacionais. Em decorrência desta “função social” que lhe tem sido oficialmente atribuída, há a expectativa de que o corpo policial seja assíduo no cumprimento da lei. Todavia, matérias de jornais e estudos acadêmicos realizados em vários países, sobretudo da América Latina, mostram que por trás de uma aparente observância rígida à legislação, a informalidade (e, não raro, a ilegalidade) exerce protagonismo no cotidiano de trabalho das Polícias. Com base em uma pesquisa etnográfica realizada junto a policiais militares do Programa Ronda do Quarteirão no Ceará, observamos que práticas como porte de arma fora do horário de serviço, uso de carros oficiais em atividades de interesse pessoal e até recebimento de gratificações (dinheiro, telefones celulares, roupas e gêneros alimentícios) de comerciantes em troca de “atenção especial” concedida a seus estabelecimentos, dentre outras, são corriqueiras e não são percebidas como “erro” ou “desvio” em suas funções. Ao abordar o cotidiano deste segmento policial, enfatizamos transversalidades e agenciamentos que contornam regulamentos oficiais e pautam o trabalho nas ruas, onde as “normas do quartel” são resignificadas. O paper indaga se a pretensão de constituir uma Polícia Comunitária, pautada na proximidade e desenvolvimento de parcerias com a população, estimula o efetivo do Ronda do Quarteirão a quebrar protocolos e “afrouxar” regras. |
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