Ser (e aprender a ser) negro e quilombola: processos de identificação étnica entre a escola e o quilombo, em Alto Alegre, Ceará

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Miguel Ângelo Maia da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/48219
Resumo: The present work deals with processes of ethnic identification, in reference to being black and quilombola, through an ethnography performed between the school and the quilombo, both located in the community of Alto Alegre, Queimadas district, rural area of Horizonte - CE. Its objective is to represent the constructive constructions in the Alto Alegre quilombo compared to the Pedro Eduardo Siqueira school. The school is a conservative institution, not only does it make sense to establish itself and is hierarchically related between individuals, but it also makes no political sense, to preserve what is always and does not. This is an ethnic community of the Alto Alegre community. Taking, initially, that ethnic groups are a type of social organization (BARTH, 2011), and that an ethnic identification refers to the use of a racial person, or for purposes of identification and mode, to relate to others.” (OLIVEIRA, 1976, p. 2), it starts from the idea that contemporary quilombola identities fall into acts of construction, and the educational question may represent the strategies of identity construction, in which the subjects react to an ecological element local, national and global over a history of adaptation by invention and selective constraints (BARTH, 2011). Then, inspired by Ezpeleta & Rockwell's (1989) studies of school as a “social construction”, and understanding that the heterogeneity and individuality of everyday life “necessarily impose the recognition of subjects who incorporate and objectify, in their own way, practices and pratiques”, which they appropriate in different moments and contexts of life ”(EZPELETA; ROCKWELL, 1989, p. 28), began to look at the culture that developed in the school, especially the one that unfolded in the classroom, and In discussing the strategies for conducting research, I decided that the study could not be limited to the school space alone. It took a holistic look beyond the school. And that meant being aware of everything that happened in the quilombola community of Alto Alegre, in the city of Horizonte, in the state of Ceará and in Brazil, and that has to do with the issues of identity in the school space in reference to a quilombola identity. Then, an ethnographic study was conducted in three social spaces for the transmission of education: the formal education space, the Pedro Eduardo Siqueira school and the training for Afro-Brazilian and African History and Culture teachers, which takes place at municipality of Horizonte; and the Alto Alegre quilombola community space, which brings together spaces for formal and informal education, such as NUPPIRH and the activities that take place at the Negro Cazuza Cultural Center.
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Taking, initially, that ethnic groups are a type of social organization (BARTH, 2011), and that an ethnic identification refers to the use of a racial person, or for purposes of identification and mode, to relate to others.” (OLIVEIRA, 1976, p. 2), it starts from the idea that contemporary quilombola identities fall into acts of construction, and the educational question may represent the strategies of identity construction, in which the subjects react to an ecological element local, national and global over a history of adaptation by invention and selective constraints (BARTH, 2011). Then, inspired by Ezpeleta & Rockwell's (1989) studies of school as a “social construction”, and understanding that the heterogeneity and individuality of everyday life “necessarily impose the recognition of subjects who incorporate and objectify, in their own way, practices and pratiques”, which they appropriate in different moments and contexts of life ”(EZPELETA; ROCKWELL, 1989, p. 28), began to look at the culture that developed in the school, especially the one that unfolded in the classroom, and In discussing the strategies for conducting research, I decided that the study could not be limited to the school space alone. It took a holistic look beyond the school. And that meant being aware of everything that happened in the quilombola community of Alto Alegre, in the city of Horizonte, in the state of Ceará and in Brazil, and that has to do with the issues of identity in the school space in reference to a quilombola identity. Then, an ethnographic study was conducted in three social spaces for the transmission of education: the formal education space, the Pedro Eduardo Siqueira school and the training for Afro-Brazilian and African History and Culture teachers, which takes place at municipality of Horizonte; and the Alto Alegre quilombola community space, which brings together spaces for formal and informal education, such as NUPPIRH and the activities that take place at the Negro Cazuza Cultural Center.Este trabalho trata de processos de identificação étnica, em referência a ser negro e quilombola, por meio de uma etnografia realizada entre a escola e o quilombo, ambos situados na comunidade de Alto Alegre, distrito de Queimadas, zona rural do Município de Horizonte – CE. Seu objetivo é compreender as representações identitárias construídas no quilombo de Alto de Alegre, em comparação com as da escola Pedro Eduardo Siqueira. Para tanto, parte-se do pressuposto inicial de que a escola é uma instituição conservadora, não apenas por manter o lugar de classe e hierarquias étnicas entre os indivíduos, mas também no sentido político, de conservar o que ela é sempre e de não estar aberta às mudanças conjunturais, como a emergência étnica da comunidade de Alto Alegre. Tomando, inicialmente, por base que os grupos étnicos são um tipo de organização social (BARTH, 2011) e que a “identificação étnica refere-se ao uso que uma pessoa faz de termos raciais, nacionais ou religiosos para se identificar e, desse modo, relacionar-se aos outros” (OLIVEIRA, 1976, p. 2), parte-se da ideia de que as identidades quilombolas contemporâneas constituem atos em construção, e a questão educativa pode representar estratégias de construção identitárias, na qual os sujeitos vão reagindo a fatores ecológicos locais, nacionais e globais, ao longo de uma história de adaptação por invenção e empréstimos seletivos (BARTH, 2011). Então, inspirado nos estudos de Ezpeleta & Rockwell (1989) sobre a escola como uma “construção social”, e entendendo que a heterogeneidade e a individualidade do cotidiano “impõem forçosamente o reconhecimento de sujeitos que incorporam e objetivam, a seu modo, práticas e saberes dos quais se apropriam em diferentes momentos e contextos de vida” (EZPELETA;ROCKWELL, 1989, p. 28), passou-se a mirar a cultura que se desenvolvia na escola, principalmente, aquela que se desenrolava em sala de aula, e, ao discutir as estratégias de realização da pesquisa, decidi que o estudo não poderia se limitar apenas ao espaço da escola. Foi necessário ter um olhar holístico, para além da escola. Isso significou estar atento a tudo que ocorria na comunidade quilombola de Alto Alegre, na cidade de Horizonte, no estado do Ceará e no Brasil, e que tem relação com as questões das identidades no espaço escolar em referência a uma identidade quilombola. Assim, realizou-se estudo etnográfico em três espaços sociais de transmissão da educação: o espaço da educação formal, a escola Pedro Eduardo Siqueira e a formação para os professores de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, que ocorre na secretaria de Educação do município de Horizonte; e o espaço da comunidade quilombola de Alto Alegre, que aglutina espaços de educação formal e informal, como o NUPPIRH e as atividades que ocorrem no Centro Cultural Negro Cazuza.Gussi, Alcides FernandoSilva, Miguel Ângelo Maia da2019-12-05T18:34:39Z2019-12-05T18:34:39Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSILVA, Miguel Ângelo Maia da. 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