Cartografia dos territórios de pesca das comunidades de Camocim-CE

• Autor(a) principal: Tavares, Gislleidy Uchoa
• Data de Publicação: 2016
• Outros Autores: Chaves, Leilane Oliveira, Ricardo, Pedro Paulino Oliveira, Frota, Leandro Flavio Restrepo, Caetano, Adryane Gorayeb Nogueira
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
• Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/56867
• topic: Cartografia social; Energia eólica - Aspectos ambientais; Pesca artesanal; Camocim-CE

O litoral do Nordeste brasileiro indica um considerável potencial para a implementação de usinas eólicas por apresentarem grande capacidade na geração de vento, porém quando instaladas dentro de territórios de comunidades tradicionais possibilitam impactos negativos no modo de vida dos grupos envolvidos, principalmente os pescadores artesanais que sobrevivem exclusivamente da atividade pesqueira. O projeto de extensão: “Cartografia dos Territórios de Pesca das Comunidades de Camocim”, apresenta atividades de caráter contínuo nas comunidades de Amarelas (Sede) e Xavier em Camocim-CE, tendo o objetivo de desenvolver práticas de cartografia em áreas de pesca. A metodologia envolve alunos, voluntários e professores do Laboratório de Geoprocessamento (LABOCART) do Departamento de Geografia da UFC tendo parceria com outros cursos que desenvolvem ações e oficinas pedagógicas de caráter educativo, social, cultural e científico nas comunidades. A partir do projeto foi possível construir junto às comunidades o calendário de pesca, indicando os locais e as épocas da atividade pesqueira, além de desenvolver discussões sobre as problemáticas que envolvem as comunidades por meio de análise de imagens de satélite de anos variados e de modo complementar realizaram-se atividades de segurança alimentar (culinária com peixes e insumos locais, higiene corporal e de alimentos). Ressalta-se a importância da extensão nas comunidades de Amarelas (Sede) e Xavier, podendo ampliar as ações extensionistas nas demais comunidades do distrito de Amarelas. Portanto, as atividades efetuadas e a construção dos mapas sociais representam práticas em permanente evolução, constituindo uma ferramenta qualificada que permite visibilidade a essas comunidades, a defesa e reivindicação do território tradicional de pesca e extrativismo e garantindo a manutenção do modo de vida dos pescadores artesanais que estão sendo ameaçadas por parques eólicos.