A produção das vontades de verdade cristã nas inscrições tumulares
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Letras Raras |
Texto Completo: | https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1843 |
Resumo: | DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v3i1.293 O surgimento de um texto, materialidade discursiva, não nasce do acaso, surge da necessidade social de dizer e de ser dito que envolve nosso cotidiano. Através dos textos, divulgamos nossa compreensão acerca do mundo, representamos e retratamos nossa realidade. Através da linguagem, materializada em textos verbais ou não verbais, criamos o real da língua, o real da história. Como exemplos dessas materialidades discursivas, para este trabalho, escolhemos os epitáfios, inscrições tumulares que inscrevem, no mundo dos vivos, as lembranças do sujeito morto. Nosso estudo tem um olhar direcionado à produção dos epitáfios, à organização dos discursos que deles fazem sítio. Para tanto, temos, a luz dos pressupostos teóricos da Análise de Discurso de linha francesa, como objetivo geral identificar e analisar as vontades de verdade cristã na constituição do sujeito morto presentes nas inscrições tumulares. Os textos epitáficos apresentados como corpus desse artigo, resultam de um material fotográfico do cemitério Monte Santo, localizado em Campina Grande - PB. Concluímos que os dizeres dos epitáfios surgem como tentativa de sobrepor à morte de forma contínua, negando a existência de uma ausência definitiva. O sujeito morto ocupa o lugar social de um sujeito moral, retratado sempre como bondoso e “imortal”. |
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