Um estudo sobre resiliência cultural no Pontal da Barra em Maceió (AL).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANTOS, Jorima Valoz dos.
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: MANHAS, Adriana Capretz Borges da Silva.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34492
Resumo: O bairro Pontal da Barra constitui-se de um núcleo tradicional em Maceió (AL) com mais de dois séculos de existência que destaca-se por seus atributos naturais – o complexo lagunar Mundaú-Manguaba, o encontro de suas águas com o mar e o espetáculo do pôr-do-sol – mas também pela importância para patrimônio cultural alagoano, representado pelas atividades pesqueiras e de artesanato, visto sobretudo no filé, renda típica de Alagoas, exibido nas calçadas pelas rendeiras em suas casas com quintais banhados pelas águas da lagoa Mundaú. Na década de 1970, a Salgema Indústrias Químicas, então maior produtora de cloro da América Latina, alcançou Maceió na busca pelo petróleo e, após encontrar minas do sal-gema, fixou-se no Pontal da Barra em 1976, beneficiando-se também da proximidade da área com o Porto de Jaraguá. A implantação da indústria representava para Alagoas um importante passo para a integração ao projeto de desenvolvimento n acional e a esperança da redenção econômica do Estado, principalmente pelo alto faturamento que crescia a cada ano após sua implantação. Mas a promessa de desenvolvimento e geração de empregos não se cumpriu e o que se viu, desde então, foi uma sucessão de impactos sociais, econômicos e ambientais, interferindo na vida de toda a comunidade do Pontal da Barra. Entendendo que o estudo de um lugar e suas transformações no tempo e no espaço é um importante subsídio para a compreensão das atitudes e valores atribuídos a ele, pretende-se, por meio de um enfoque multidisciplinar, apresentar as respostas que os moradores do Pontal da Barra vêm dando frente às transformações pelas quais a área passou em decorrência da implantação da indústria, a partir da noção de resiliência cultural: resistindo aos assoreamentos, abertura do Canal da Barra, à implantação da Salgema, a construção da ponte e do terminal para escoamento dos produtos, seguindo para o tombamento do bairro, que por outro lado, incentivou o turismo, os moradores ainda mantém a relação intensa e vital com as águas da lagoa Mundaú, responsável pelo sustento com a pesca, com o artesanato em rendas (proveniente do trabalho de tecer as redes) e com os passeios turísticos pelas ilhas, mas também pelo lazer dos pontalenses, a demarcação física do território e das moradias, cujos quintais misturam-se às suas águas.
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