Avaliação de sobre aquecimento anômalos em cabos elétricos de parque eólicos.

• Autor(a) principal: DIAS, Ramon Araújo.
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/26427
• topic: Energia Elétrica – Qualidade; Eficiência Energética; Distorções Harmônicas; Parques Eólicos – Perdas por Harmônicos; Electric Power - Quality; Energy Efficiency; Harmonic Distortions; Wind Farms - Losses by Harmonics; Engenharia Elétrica

Neste trabalho foi avaliada a qualidade da energia elétrica e eficiência energética em parques eólicos, tendo como principal foco a análise do efeito pelicular provocado por harmônicos nos cabos da instalação de um parque eólico real. Utilizaram-se dados medidos em campo em estudo de qualidade da energia elétrica realizada para obtenção de acesso junto ao operador do sistema elétrico. Para a obtenção dos valores de distorções harmônicas das correntes medidas em campanha, utilizou-se o software HarmZs, comumente aplicado em estudos de qualidade. Os parques estudados apresentaram problemas na qualidade da energia entregue no ponto de conexão comum ao sistema elétrico interligado nacional. Nos cálculos das perdas adicionais ao sistema interno do parque, foi verificado um aumento de até 8% causado pelas correntes harmônicas na instalação do parque eólico. Com o auxílio do software COMSOL Multiphysics®, foi avaliada a distribuição da densidade de corrente resultante das correntes harmônicas nos cabos que conectam o aerogerador ao transformador elevador, cabos estes que apresentam maiores distorções de correntes harmônicas. Verificou-se que os cabos adjacentes interferem na distribuição de densidade de corrente e que o aumento da densidade de corrente na extremidade do cabo pode chegar a 68% quando comparado para o caso em que não há interferência de cabos adjacentes. Por fim, a analise térmica nos cabos indicou uma temperatura elevada, 136°C, para os condutores da fase B. O aumento de temperatura constatado pode ser atribuído, principalmente, às perdas decorrentes da corrente de componente fundamental e pelo processo de condução térmica entre fases.