Levantamento de plantas medicinais utilizadas em comunidade rural do Município de Teixeira, Paraíba, Brasil.

• Autor(a) principal: GUEDES, Andreza Ferreira.
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25041
• topic: Plantas medicinais; Etnobotânica; Teixeira - PB - plantas medicinais; Catolé da Pista - Teixeira - PB - plantas medicinais; Medicinal plants; Ethnobotany; Teixeira - PB - medicinal plants; Catolé da Pista - Teixeira - PB - medicinal plants; Ciências Biológicas

A medicina convencional tem avançado bastante nos últimos anos, entretanto, nos países em desenvolvimento, principalmente em comunidades rurais, o uso de plantas medicinais ainda é prática comum, devido o convívio do homem com a flora associado à disponibilidade e ao baixo custo dos vegetais medicinais. Contudo, é importante lembrar que a utilização inadequada de plantas medicinais pode acarretar sérios riscos à saúde do usuário. Desse modo, o presente estudo objetivou analisar o conhecimento e a utilização de plantas medicinais em uma comunidade rural do município de Teixeira-PB. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa. Os dados foram coletados no período de abril a maio de 2011, nas residências dos participantes. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um formulário estruturado composto de duas partes: dados sócio-demográficos dos participantes e questões, objetivas e subjetivas, referentes ao conhecimento e ao uso de plantas medicinais. A amostra foi composta por 59 informantes, dos quais 81,4% são do sexo feminino e sobrevivem com uma renda familiar mensal de até 1 salário mínimo (42,4%). Em casos de doença recorrem primariamente ao médico (55,9%), acreditam na cura de enfermidades através do uso de plantas medicinais (100%) e na sua nocividade se utilizadas incorretamente (89,8%). Os participantes citaram 32 espécies de plantas medicinais distribuídas em 21 famílias, onde as famílias Lamiaceae (12,5%) e Fabaceae (12,5%) foram as mais citadas. A planta mais mencionada para o tratamento de doenças foi a hortelã (Mentha x villosa Huds) com 15,3%. A enfermidade que mais afeta essa comunidade é a gripe (10,8%). Com relação às plantas citadas, a folha (48,7%) representou o órgão vegetal mais utilizado e a forma de preparo, dos remédios caseiros, mais frequente foi o chá (57,3%). A maioria das espécies é cultivada (36%), nativa do Brasil (59,4%) e apresenta porte arbóreo (37,5%). Quanto à forma de uso, 42,3% não associam plantas na preparação dos remédios, 69,2% preferem ingerir o remédio natural com dosagens mais fracas, 71,1% não misturam medicamentos convencionais a remédios caseiros e 57,7% nunca haviam utilizado remédios feitos com plantas medicinais por longo período. A eficácia é o principal motivo pelo qual a comunidade usa plantas medicinais (54,7%). O conhecimento sobre o uso e modo de preparo provém dos familiares (75%). De acordo com a análise dos dados, a comunidade estudada apresenta um amplo conhecimento acerca das propriedades curativas das plantas, como também da sua utilização, pois boa parte das informações obtidas, sobre a forma de uso das plantas medicinais pelos informantes, encontra-se conforme a literatura consultada.