Efeito do ciantraniliprole na sobrevivência e capacidade de voo da abelha africanizada.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PEREIRA, Rute Lemos.
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/32752
Resumo: As abelhas são insetos responsáveis pela polinização e manutenção de centenas de espécies vegetais usadas na alimentação humana, tendo impacto representativo inclusive na geração de renda e desenvolvimento socioeconômico. Os efeitos da intoxicação das abelhas por pesticidas podem acarretar inúmero prejuízos, como contaminação do mel, mudanças de comportamento, mutação gênica e morte. Diante disso, o trabalho teve como abjetivo avaliar a toxidade do inseticida Ciantraniliprole (Benevia), na sobrevivência e capacidade de vôo das operárias adultas da abelha africanizada A. mellifera, em suas doses comerciais recomendadas, para ampliar as informações principalmente em relação a efeitos subletais do produto. O trabalho foi realizado no Laboratório de Entomologia do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar (CCTA) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campus Pombal/PB, foi avaliado os níveis de toxicidade nos bioensaios, correspondentes a duas formas de exposição: pulverização direta sobre as abelhas e dieta contaminada. Para avaliar a toxicidade, foram testadas cinco doses comerciais do inseticida Ciantraniliprole (0.015; 0.02; 0.04; 0.05; 0.1 g i. a. L -1), e comparadas com a testemunha absoluta (água destilada), e testemunha positiva (Tiamenoxam), sendo cada unidade experimental formada por 10 abelhas adultas. Para o modo de exposição ingestão de dieta contaminada, não houve diferença significativa entre as doses do inseticida testado, que apresentou mortalidade entre 6,0% e 15,4%, diferindo estatisticamente da testemunha positiva (tiametoxam), que ocasionou a morte de 99% das abelhas. Via pulverização direta, o inseticida Ciantraniliprole, independente da dose utilizada, foi pouco nocivo as abelhas, causando mortalidade entre 9,1% e 41,6% nas 24 horas de observação, sendo a dose 0,015 g i. a. L-1 a que ocasionou a menor mortalidade. Em relação a capacidade de voo, independente do modo de exposição, foi observado que as abelhas expostas ao Ciantraniliprole conseguiram atingir todos os níveis de altura de voo, assim como as expostas a testemunha absoluta. Contudo, ressalta-se que para as três maiores doses avaliadas e no modo de exposição pulverização direta, muitas abelhas permaneceram na base da torre de voo, com destaque para as expostas a maior dose, que apresentaram déficit de mobilidade. O inseticida avaliado foi considerado de baixo risco, porém afetou negativamente a capacidade de vôo da abelha A. mellifera na dose de 0,1 g i. a.L-1 via pulverização direta.
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Diante disso, o trabalho teve como abjetivo avaliar a toxidade do inseticida Ciantraniliprole (Benevia), na sobrevivência e capacidade de vôo das operárias adultas da abelha africanizada A. mellifera, em suas doses comerciais recomendadas, para ampliar as informações principalmente em relação a efeitos subletais do produto. O trabalho foi realizado no Laboratório de Entomologia do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar (CCTA) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campus Pombal/PB, foi avaliado os níveis de toxicidade nos bioensaios, correspondentes a duas formas de exposição: pulverização direta sobre as abelhas e dieta contaminada. Para avaliar a toxicidade, foram testadas cinco doses comerciais do inseticida Ciantraniliprole (0.015; 0.02; 0.04; 0.05; 0.1 g i. a. L -1), e comparadas com a testemunha absoluta (água destilada), e testemunha positiva (Tiamenoxam), sendo cada unidade experimental formada por 10 abelhas adultas. Para o modo de exposição ingestão de dieta contaminada, não houve diferença significativa entre as doses do inseticida testado, que apresentou mortalidade entre 6,0% e 15,4%, diferindo estatisticamente da testemunha positiva (tiametoxam), que ocasionou a morte de 99% das abelhas. Via pulverização direta, o inseticida Ciantraniliprole, independente da dose utilizada, foi pouco nocivo as abelhas, causando mortalidade entre 9,1% e 41,6% nas 24 horas de observação, sendo a dose 0,015 g i. a. L-1 a que ocasionou a menor mortalidade. Em relação a capacidade de voo, independente do modo de exposição, foi observado que as abelhas expostas ao Ciantraniliprole conseguiram atingir todos os níveis de altura de voo, assim como as expostas a testemunha absoluta. Contudo, ressalta-se que para as três maiores doses avaliadas e no modo de exposição pulverização direta, muitas abelhas permaneceram na base da torre de voo, com destaque para as expostas a maior dose, que apresentaram déficit de mobilidade. O inseticida avaliado foi considerado de baixo risco, porém afetou negativamente a capacidade de vôo da abelha A. mellifera na dose de 0,1 g i. a.L-1 via pulverização direta.The bees are insects responsible for the pollination and maintenance of hundreds of plant species used in human food, having a representative impact on income generation and socioeconomic development. The effects of bee intoxication by pesticides can cause several losses, such as honey contamination, behavioral changes, gene mutation and death. Therefore, this study aimed to evaluate the toxicity of the insecticide Cyantraniliprole on the survival and flight ability of adult workers of the Africanized honey bee A. mellifera, in its commercial doses recommended and used throughout Brazil. The work was carried out in the Entomology Laboratory of CCTA/UFCG, Pombal Campus/PB, being evaluated the toxicity levels through bioassays, corresponding to two forms of exposure: direct spraying on the bees and contaminated diet. To assess toxicity, five commercial doses of the insecticide Cyantraniliprole (0.015; 0.02; 0.04; 0.05; 0.1 g i.a. L -1) were tested and compared with the absolute witness (distilled water), and positive witness (Thiamenoxam), with each experimental unit consisting of 10 adult bees. For the mode of exposure ingestion of contaminated diet, there was no significant difference between the doses of the insecticide tested, which showed mortality between 6.0% and 15.4%, statistically differing from the positive control (thiamethoxam), which caused the death of 99 % of bees. Via direct spraying, the insecticide Cyantraniliprole, regardless of the dose used, was little harmful to bees, causing mortality between 9.1% and 41.6% in the 24 hours of observation, with a dose of 0.015 g i. The. L-1 which caused the lowest mortality. Regarding flight capacity, regardless of the mode of exposure, it was observed that bees exposed to Cyantraniliprole were able to reach all levels of flight height, as well as those exposed to absolute control. However, it is noteworthy that for the three highest doses evaluated and in the direct spray exposure mode, many bees remained at the base of the flight tower, with emphasis on those exposed to the highest dose, which showed mobility deficit. The insecticide evaluated was considered of low risk, but negatively affected the flight capacity of the honey bee A. mellifera at a dose of 0.1 g i. a.L-1 via direct spraying.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTAUFCGCOSTA, Ewerton Marinho da.COSTA, E. M.http://lattes.cnpq.br/1510724295028318ALMEIDA, Fernandes Antonio de.GONDIM, Ancélio Ricardo de Oliveira.PEREIRA, Rute Lemos.2023-06-262023-11-09T19:09:02Z2023-11-092023-11-09T19:09:02Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/32752PEREIRA, Rute Lemos. Efeito do ciantraniliprole na sobrevivência e capacidade de voo da abelha africanizada. 2023. 29 f. 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