Subjetividades e dispositivos de vigilância nas sociedades contemporâneas.

• Autor(a) principal: LEMOS, Flávia Cristina Silveira.
• Data de Publicação: 2024
• Outros Autores: FREITAS, Felipe Sampaio de., MORAES JUNIOR, Manoel Ribeiro de., GALINDO, Dolores Cristina Gomes., SARAIVA, Ozian de Sousa., BENGIO, Fernanda Cristine Santos.
• Tipo de documento: Capítulo de livro
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35724
• topic: Sociedade contemporânea; Vigilância; Aplicativos; Comunicação na internet; Sociedades Neoliberais; Algoritmos; Captalismo; Marketing; Contemporary society; Applications; Neoliberal Societies; Capitalism; Surveillance; Internet communication; Algorithms; Psicologia.

Busca-se com este texto problematizar práticas de vigilância pela internet a partir de várias situações ligadas às práticas de subjetivação no presente. Aplicativos de controle do peso, de motivação, de incitação à felicidade, de pedidos de alimentos, de compras, dispositivos na internet para a realização de atividade laborais, plataformas de ensino, redes sociais para relacionamentos de amizade e encontro de parceiros para namoro, plataformas de preenchimento de indicadores acadêmicos, aplicativos de operações bancárias, aplicativos de controle de taxas biomédicas e para meditação, aplicativos de músicas e de estimuladores do sono entre tantos outros mecanismos são comuns, na atualidade das redes sociais. Trata-se de texto temático, em modalidade de ensaio problematizador de processos de subjetivação do presente. A emergência da internet e a revolução das comunicações que ela produziu criou um impacto signifi cativo no cotidiano das relações sociais, dos modos de organizar a vida e criar estilos de existências específi cos. Portanto, analisar e abordar estas mutações é um objetivo deste texto por meio de contribuições de Gilles Deleuze, de Byung-Chul Han, de Michel Foucault, de Evgeny Morozov, Judith Butler, Cabanas e Illouz, Huk, Crazy e Manuel Castells intercessores para uma conversa problematizadora e que possa produzir inquietações e transversalidades. Assim, pretende-se pensar algumas práticas relacionadas aos processos de subjetivação e construção de sociabilidades por meio dos mecanismos de segurança, vigilância e normalização das condutas por meio dos dispositivos de controle em meio aberto, explicitando diversos paradoxos desta sociedade. Os controles pela comunicação passam a operar com agilidade, sutilezas e modos múltiplos de agenciar práticas cotidianas de regulação social e confi gurações diversas de modular as formas de sentir, de agir, de viver, de se relacionar, de pensar, de estudar, se alimentar, buscar entretenimento, realizar encontros, construir saberes, de trabalhar e se exercitar quanto variadas aprendizagens.