Ilha de calor urbana: diagnóstico e impactos no microclima da região metropolitana de Macapá, AP.

• Autor(a) principal: SILVA, Ana Paula Nunes da.
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1601
• topic: Meteorologia; Amazônia; Fluxo de Calor Sensível; Temperatura da Superfície; Amazonian; Sensible Heat Flux; Land Surface Temperature

O objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência de ilha de calor urbana (ICU) e sua influência no microclima na Região Metropolitana de Macapá (RMM), situada no Nordeste da Amazônia Legal, já que esta região vem apresentando um rápido processo de urbanização. Este processo de crescimento urbano provoca mudanças na cobertura e uso do solo, que podem modificar diretamente o balanço de energia em superfície gerando modificações na atmosfera que podem variar da escala local até a regional. Para verificar o crescimento urbano da RMM utilizou-se imagens do LANDSAT TM e OLI/TIRS de cinco diferentes épocas e através da classificação supervisionada MAXVER, verificou-se a expansão da classe área construída entre 1986 e 2015, classe que subentende a malha urbana. Uma análise climática com dados de precipitação e temperatura, permitiu verificar que possivelmente a variabilidade da temperatura e precipitação encontrada deve estar mais associado com eventos como El Niño do que com mudanças climáticas, entretanto, as tendências de aquecimento observadas podem estar relacionadas com o crescimento urbano. Para entender os impactos do crescimento urbano na modificação do microclima da RMM analisou-se índices de extremos climáticos de duas estações meteorológicas: uma situada no perímetro urbano e outra numa área rural da RMM. Verificou-se que as maiores mudanças térmicas ocorreram na área mais afastada da cidade, fato devido às mudanças de uso do solo na região periférica da RMM, enquanto que os índices relacionados a precipitação foram mais significativos na área urbana. Foram instalados termo-higrômetros em quatro pontos da RMM em áreas suburbanas e rurais para analisar os índices ICU, verificou-se que o índice sazonal de ICU foi maior (menor) nos meses de março a abril (outubro a dezembro), enquanto o índice horário obteve diferentes resultados de acordo com a época do ano: no mês chuvoso (seco) foi mais intenso no início da noite (do dia) com valor para a RMM atingiram valores máximos de 6°C (4,9°C). Na análise da Ilha de Calor Urbana em Superfície (ICUS) utilizaram-se cinco imagens de satélite e se verificou que em todas as imagens houve a comprovação de ICUS com núcleos nos centros da malhas urbanas das duas cidades da RMM e num distrito situado entre os dois centros urbanos analisados. Verificando os índices de conforto térmico gerados pela formação de ICU na RMM, comprovou-se que a região central da RMM apresenta os maiores valores e, que os índices de calor e de temperatura efetiva apresentaram boa relação com a percepção térmica da população de RMM, entrando o índice de conforto humano não se mostrou aplicabilidade na região em estudo.