Medidas de prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica: compreensão e cuidados de enfermeiros.

• Autor(a) principal: ALVES, Cláudia Suênny da Silva.
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8667
• topic: Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica; Prevenção & Controle; Enfermagem; Cuidados Críticos; Ventilator Associated Pneumonia; Prevention & Control; Nursing; Critical Care; Neumonía asociada a ventilación mecánica; Prevención y Control; Enfermería; Enfermagem de Saúde Pública

A Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM) consiste numa infecção pulmonar nosocomial, que acometem os pacientes sob o uso de Ventilação Mecânica entre 48 horas a partir da intubação endotraqueal até 72 horas após a extubação. OBJETIVO: Avaliar a compreensão e os cuidados prestados por enfermeiros para a prevenção da PAVM em Unidade de Terapia Intensiva. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa realizado com 19 enfermeiros das UTI’s Adulto do Hospital Universitário Alcides Carneiro, da Universidade Federal de Campina Grande e do Hospital Municipal Pedro I em Campina Grande, sendo 14 profissionais do primeiro e 5 do segundo. Os dados foram coletados por meio de um instrumento semiestruturado no período de 16 de novembro a 7 de dezembro de 2014. Essa pesquisa obedeceu à resolução 466/12 que regulamenta a pesquisa envolvendo seres humanos e recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UFCG conforme protocolo nº 872.339. RESULTADOS: Quanto ao perfil dos participantes, 18 (94,7%) pertenciam ao sexo feminino; 11 (57,9%) possuíam idade entre 23-31 anos; 17 (89,4%) possuíam 2 a 10 anos de formação; 11 (57,9%) se formaram em instituição privada e 15 (78, 9%) possuíam especialização. No tocante a compreensão da PAVM, 13 (68,4%) enfermeiros definiram como uma infecção decorrente do uso da ventilação mecânica por meio de intubação orotraqueal ou traqueostomia; 5 (26,3%) citaram ser uma infecção causada por bactéria, vírus ou fungos associada ao tempo de permanência em VM e 1 (5,3%) enfermeiro definiu ser decorrente da contaminação na técnica de intubação e desenvolver-se após 24 horas. Quanto aos fatores de risco, destacou-se: a imunidade do paciente e sua condição clínica, mencionado por 6 (30%) enfermeiros e a técnica incorreta de aspiração citada por 7 (36,8%). Dentre os cuidados e ações realizados pelos enfermeiros em sua prática, o mais citado foi à utilização de técnica asséptica de aspiração e controle microbiológico, referida por 14 (73,6%) e 1 (5,3%) enfermeiro afirmou desconhecer cuidados específicos de enfermagem. Dos 19 entrevistados, 8 (42,1%) disseram não possuir nenhuma dificuldade ou obstáculo para implementação dos cuidados, 11 (57,9%) mencionaram encontrar dificuldades, destacando o manuseio do paciente por vários profissionais, citado por 4 (21,0%) enfermeiros. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante dos depoimentos dos sujeitos evidencia-se que apesar de terem apontado aspectos relevantes em relação à PAVM, apenas 1 (5,3%) enfermeiro definiu a PAVM da forma mais aproximada ao apontado na literatura, revelando que ainda existem lacunas no que concerne a adequada conceituação da PAVM. Quanto aos fatores de risco e aos cuidados e ações de prevenção da PAVM, foram citados vários, demonstrando que esses possuem um bom conhecimento científico, contudo não é possível afirmar sua aplicação na prática desses profissionais, configurando-se uma limitação do estudo. Quanto à implementação dos cuidados e ações para prevenção da PAVM, a maioria referiu enfrentar problemas, bem como a não utilização de protocolos assistenciais. Destarte, sugere-se a implementação de medidas de educação permanente em saúde para a instituição de protocolos, que contemple essa temática, visando à melhoria da assistência de enfermagem em cuidados intensivos.