“Maracatu não é par, é ímpar”: práticas culturais, representações e identidades no maracatu rural de Pernambuco (2000-2014).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BRITO, Fabelly Marry Santos.
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/13915
Resumo: O maracatu é uma expressão cultural com presença significativa no estado de Pernambuco. Durante um longo período, as produções acerca do maracatu o enxergavam como expressão homogênea, cuja origem estava ligada às coroações de reis e rainhas congo. Propõe-se a analisar como as produções acadêmicas, a agência dos grupos e o poder público contribuíram para a construção de representações do maracatu, e, mais especificamente, do Maracatu Rural, pautadas num ideal de tradição. Até a obra de Guerra Peixe (1955), não se considerava que existiam grupos de maracatu com características distintas: o de baque virado (nação) e o de baque solto (rural); de maneira que o último fora considerado, por muito tempo, uma deturpação do primeiro. Por meio da abordagem qualitativa, recorreu-se ao uso do método da História Oral, com a realização de entrevistas com integrantes de grupos de Maracatu Rural de Pernambuco, além da análise de materiais produzidos pelo poder público, e dos estudos acadêmicos sobre o maracatu. A pesquisa possibilita compreender o Maracatu Rural enquanto tradição viva, ao colocar em questão conceitos como o de “identidade”, “tradição” e “autenticidade”, ao mesmo tempo em que dá voz aos representantes dos grupos, percorrendo os significados por eles atribuídos às suas práticas culturais e problematizando as relações entre os grupos e demais agentes culturais, considerando, sobretudo, as políticas públicas culturais no período de 2000 à 2014.
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