Sincronismo de produção e degradação da serapilheira em caatinga preservada no Semiárido da Paraíba.

• Autor(a) principal: MORAIS, Yasmim Yathiara Gomes Araújo.
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24768
• topic: Engenharia Florestal; Semiárido Paraibano - caatinga preservada; Área de caatinga preservada; Serapilheira - caatinga; Ciclagem de nutrientes; Bioma caatinga; Floresta tropical seca; Caatinga preservada; Reserva particular de patrimônio natural; Fazenda Tamanduá - Santa Terezinha - PB; Santa Terezinha - PB - Fazenda Tamanduá; Sincronismo de ciclagem; Paraibano semiarid - preserved caatinga; Preserved caatinga area; Burlap - caatinga; Nutrient cycling; Caatinga biome; Dry tropical forest; Preserved caatinga; Private natural heritage reserve; Tamanduá Farm - Santa Terezinha - PB; Cycling timing

Na Caatinga a maioria das plantas apresenta o mecanismo de caducifolia no período de estiagem, sendo o material vegetal depositado na superfície do piso florestal e, posteriormente, ocorre a ciclagem dos nutrientes. A ciclagem de nutrientes auxiliará no desenvolvimento da vegetação presente nos ecossistemas, fornecendo os nutrientes necessários para seu equilíbrio. O estudo objetivou estimar a variação espaço-temporal da deposição, acúmulo e decomposição da serapilheira presente em área de caatinga preservada e a interferência de variáveis climáticas na dinâmica destes eventos. A pesquisa foi conduzida na RPPN Fazenda Tamanduá, em Santa Terezinha-PB. Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados com 20 repetições, em arranjo fatorial 24 x 2, e utilizado o teste de Tukey a 5% para comparação das médias. A deposição da serapilheira foi estimada em dois períodos: período I (agosto/2015 a julho/2016) e período II (agosto/2016 a julho/2017), com coletas mensais, em 20 coletores de 1,0 m x 1,0 m. A serapilheira coletada mensalmente foi separada nas frações folhas, galhos + cascas, material reprodutivo e miscelânea, sendo essas frações secas em estufa e, posteriormente, pesadas. A quantificação da serapilheira acumulada no piso florestal foi realizada com auxílio de uma moldura metálica de dimensões de 0,5 m x 0,5 m, lançada aleatoriamente na área experimental. A taxa de decomposição da serapilheira foi estimada através da produção anual e média anual da serapilheira acumulada sendo, posteriormente, calculado o tempo médio de renovação e o tempo necessário para decompor 50% e 95%. A deposição da serapilheira total nos períodos I e II foi 2.356,83 kg ha-1 e 1.163,67 kg ha-1, respectivamente. A fração folhas foi a que mais contribuiu nos dois períodos de coleta. O acúmulo de serapilheira no piso florestal foi de 33.145,24 kg ha-1 para o período I e 21.990,48 kg ha-1 para o período II. O coeficiente de decomposição para o período I foi de 0,85 e 0,64 para o período II. A análise dos dados permitiu concluir que a deposição total de serapilheira nos dois períodos se enquadra na média de produção para a Caatinga. O aumento da precipitação proporcionou maior deposição de serapilheira após o período chuvoso. As variáveis climáticas como temperatura, insolação e velocidade dos ventos apresentaram correlação negativa com todos os constituintes da serapilheira. Em virtude de diversos fatores, a decomposição da serapilheira na caatinga é mais lenta do que em outros biomas.