Automedicação em idosos de uma cidade do alto sertão da Paraíba.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9655 |
Resumo: | A prática da automedicação entre os idosos vem crescendo de forma acentuada atualmente. A automedicação corresponde à utilização de medicamentos por conta própria, quando este percebe o sintoma. O estudo objetivou investigar a prática da automedicação entre os idosos, buscando identificar qual grupo de fármaco mais utilizado por esta população, os motivos pelos quais esses fármacos são utilizados sem prescrição e averiguar as formas de acesso e o consumo desses medicamentos. Optou-se por um estudo transversal de abordagem quantitativa, realizado no alto sertão paraibano, na cidade de Cajazeiras. Realizado com 30 idosos que buscaram atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) São José/PAPS no período de Julho e Agosto de 2012. Os dados revelaram que 60% dos idosos eram do sexo feminino e possuíam idade acima de 60 anos, destes 46,7% eram analfabetos e 53,3% casados, 33,3% reside com o cônjuge e 50% possuía renda mensal de 2-3 salários mínimos; 100% dos participantes relataram estar fazendo uso de alguma medicação no momento, destes 96,6% estavam se utilizando da automedicação, todos afirmaram que ao sentir uma dor tomam a medicação que já lhes é de costume, 76,6% nunca vai ao médico quando sente dor, 53,3% não entendem as recomendações médicas, 83,3% fazem uso de automedicação porque já conhecem o medicamento em questão, 80% fizeram uso de medicação sem prescrição uma semana antes da pesquisa; o grupo de medicamento sem prescrição mais utilizado entre os idosos são os analgésicos com 36,6% seguido pelos antiinflamatórios 34,6%, 76,6% afirmaram que precisam sair de uma consulta médica portando uma receita, 73,3% relataram pedir para que o médico prescreva algum medicamento caso ele não passe, o sintoma mais comum para realizar a automedicação é a dor 45,315%, seguido por febre 26,56%, tosse 7,81%, azia 7,81%, alergia 4,69%, diarreia 4,69% e enjoo 3,125%, quando foram indagados sobre como sabem as doses das medicações sem prescrição 33.3% afirmaram que faziam uma média pela idade, ou seja, quanto maior a idade maior a dose, 33.3% reutilizava uma prescrição anterior, 20% relataram fazer uma média pelo peso, ou seja, quanto maior o peso maior a dose. De acordo com o presente estudo, podemos notar que a automedicação é um grande problema de saúde pública no Brasil e que necessita de medidas de informação e educação em saúde, a fim de informar a população sobre os riscos dessa prática. Nota-se também a importância de afunilar a relação profissional de saúde – paciente, a fim de melhorar o entendimento acerca da sua patologia e do seu tratamento. |
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Automedicação em idosos de uma cidade do alto sertão da Paraíba.Self-medication in the elderly of a highland city of Paraíba.Medicação - idosoAutomedicação - idosoMedication - ElderlySelf Medication - ElderlyEnfermagem.A prática da automedicação entre os idosos vem crescendo de forma acentuada atualmente. A automedicação corresponde à utilização de medicamentos por conta própria, quando este percebe o sintoma. O estudo objetivou investigar a prática da automedicação entre os idosos, buscando identificar qual grupo de fármaco mais utilizado por esta população, os motivos pelos quais esses fármacos são utilizados sem prescrição e averiguar as formas de acesso e o consumo desses medicamentos. Optou-se por um estudo transversal de abordagem quantitativa, realizado no alto sertão paraibano, na cidade de Cajazeiras. Realizado com 30 idosos que buscaram atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) São José/PAPS no período de Julho e Agosto de 2012. Os dados revelaram que 60% dos idosos eram do sexo feminino e possuíam idade acima de 60 anos, destes 46,7% eram analfabetos e 53,3% casados, 33,3% reside com o cônjuge e 50% possuía renda mensal de 2-3 salários mínimos; 100% dos participantes relataram estar fazendo uso de alguma medicação no momento, destes 96,6% estavam se utilizando da automedicação, todos afirmaram que ao sentir uma dor tomam a medicação que já lhes é de costume, 76,6% nunca vai ao médico quando sente dor, 53,3% não entendem as recomendações médicas, 83,3% fazem uso de automedicação porque já conhecem o medicamento em questão, 80% fizeram uso de medicação sem prescrição uma semana antes da pesquisa; o grupo de medicamento sem prescrição mais utilizado entre os idosos são os analgésicos com 36,6% seguido pelos antiinflamatórios 34,6%, 76,6% afirmaram que precisam sair de uma consulta médica portando uma receita, 73,3% relataram pedir para que o médico prescreva algum medicamento caso ele não passe, o sintoma mais comum para realizar a automedicação é a dor 45,315%, seguido por febre 26,56%, tosse 7,81%, azia 7,81%, alergia 4,69%, diarreia 4,69% e enjoo 3,125%, quando foram indagados sobre como sabem as doses das medicações sem prescrição 33.3% afirmaram que faziam uma média pela idade, ou seja, quanto maior a idade maior a dose, 33.3% reutilizava uma prescrição anterior, 20% relataram fazer uma média pelo peso, ou seja, quanto maior o peso maior a dose. De acordo com o presente estudo, podemos notar que a automedicação é um grande problema de saúde pública no Brasil e que necessita de medidas de informação e educação em saúde, a fim de informar a população sobre os riscos dessa prática. Nota-se também a importância de afunilar a relação profissional de saúde – paciente, a fim de melhorar o entendimento acerca da sua patologia e do seu tratamento.The practice of self-medication among the elderly has increased sharply today. Self-medication refers to the use of drugs on their own, when it perceives the symptom. The study aimed to investigate the practice of self-medication among the elderly, seeking to identify which group of drug most used by this population, the reasons for which these drugs are used without a prescription and find out how to access and use of these drugs. To meet the proposed objectives, we chose a cross-sectional quantitative study, conducted in the hinterland of Paraíba, in the city of Cajazeiras. Conducted with 30 individuals who sought care at the Basic Health Unit (BHU) St. Joseph / PAPS during July and August 2012. The data revealed that 60% of seniors were female and were older than 60 years, these 46.7% were illiterate and 53.3% married, 33.3% live with a spouse and 50% had a monthly income of 2 -3 minimum wages, 100% of participants reported doing some medication at the time, these 96.6% were using self-medication, all said they feel a pain to take the medication that they are now usual, 76.6 % never go to the doctor when they feel pain, 53.3% do not understand the medical recommendations, 83.3% use self-medication because they already know the drug in question, 80% made use of nonprescription medication a week before the survey, the group of non-prescription drug most commonly used among elderly are painkillers with 36.6% followed by 34.6% anti-inflammatories, 76.6% said they need a medical leave of carrying a prescription, 73.3% reported asking for the doctor to prescribe some medication if it does not pass, the most common symptom is to achieve self-medication pain 45.315%, 26.56% followed by fever, cough, 7.81%, 7.81 heartburn %, 4.69% allergy, diarrhea and nausea 4.69% 3.125% when they were asked about how they know the doses of medications without prescription 33.3% said they were doing an average by age, ie, the higher the age the higher the dose , 33.3% reused one previous prescription, 20% reported to average by weight, ie the greater the weight the greater the dose. According to the present study, we note that self-medication is a major public health problem in Brazil and in need of information measures and health education in order to inform the population about the risks of this practice. Note also the importance of the relationship funneling health professional - patient in order to improve the understanding of their disease and its treatment.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Formação de Professores - CFPUFCGPINHEIRO, Maria Berenice Gomes Nascimento.PINHEIRO, M. B. G. N.http://lattes.cnpq.br/4768427282114464REJANE, Alba.OLIVEIRA , Adriana Maria Fernandes de.ROLIM, Juliana Rodrigues.20122019-11-28T15:18:48Z2019-11-282019-11-28T15:18:48Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9655ROLIM, Juliana Rodrigues. Automedicação em idosos de uma cidade do alto sertão da Paraíba. 2012. 64f. 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