Uma chuva de memórias.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/31615 |
Resumo: | Usos, costumes... Histórias. Escrever é para mim algo tão agradável que considero uma distração, um passa-tempo. Quando jovem colecionava poesias, enchia um caderno. Um tempo escrevi valsas antigas ditadas por minha mãe, também, canções, boleros, enfim, toadas e tudo que era do meu agrado. Emprestei o caderno a uma amiga que o devolveu tão danificado, então o coloquei no fogo de lenha, arrependi-me depois. Agora pela segunda vez escrevo memórias e com tenho na mente um turbilhão de lembranças, escrevo com facilidade. Conto coisas, que, em sua maioria, vi acontecer. Também outras histórias que tomei conhecimento, no tempo que se passaram e vidas que acompanhei de peito. Tenho presente na cabeça cada assunto que vou escrevendo, é um prazer fazer isto. Só que tudo ficaria no caderno, guardado só para mim, não fosse o incentivo de Necy, em primeiro lugar. Porém, sem o trabalho dos meus filhos, Maurílio e Madson que, digitaram, corrigiram e preparam-no para impressão, nunca eu poderia publicar um livro tão do meu agrado como foi "Sumé que cu trago na memória". Aos meus dois filhos, todo o meu carinho c gratidão, a eles o meu aplauso. Não posso deixar de agradecer ao Deus que me deu a vida, que conserva em mim tanta memória e me dá a capacidade de passá-la para o papel, a Ele o meu respeito e o meu culto de gratidão. Gostaria de poder fazer ver as pessoas que me dão à honra de ler as minhas memórias que eu não me sinto uma escritora, muito menos historiadora o que sou mesmo é uma pessoa simples, em certo sentido meio analfabeta, não tive chance de estudar, por falta de recursos deixei o curso de admissão ao ginásio pela metade, enfim acho até uma ousadia da minha parte ficar escrevendo, apesar de receber incentivo de pessoas que considero altamente como o Dr. Djaci Ferreira, Dr. Marinett, Sonielson Juvino e outros. Sempre achei que aquele primeiro livrinho seria único, não tinha intenção de repetir essa façanha. Acontece que sou uma incorrigível romântica e quando no dia 31 de Janeiro de 2004, saí para a chuva juntamente a alguns vizinhos, aquele banho me fez reviver um passado muito distante e senti vontade, até uma necessidade de continuara escrever. Tenho muito ainda a contar e foi com muito carinho que resolvi mais uma vez revolver o passado da nossa terra. Conversando em família estivemos observando um fato curioso. Os habitantes dos conjuntos residenciais mais populosos como Mangabeira e Valentina Figueiredo, na maioria são do interior e estando lá se escondem da chuva ninguém sai para tomar um banho. Chegamos a seguinte conclusão: para nós o banho de chuva só tem valor aqui em Sumé, isto já era dito por João de Deus, que lá em Manaíra. pertinho da praia e morria de "roedeira" quando sabia que estava chovendo aqui, ele era gamado no nosso banho, acho que é uma maneira de festejarmos o nosso invento. Revivendo as últimas semanas que precederam o dia 1 “de Abri I é que tenho a certeza de ter agido corretamente ao escrever sobre nosso passado, narrando nossos costumes nos mínimos detalhes. O fato é que. atendendo o chamado da professora Lúcia, no Parque Infantil Presidente Vargas, tive a oportunidade de observar a curiosidade das crianças da quarta série, a respeito do que se passou nos primeiros tempos de sua cidade. Achei elogiável o que presenciei ali, cada pergunta que era feita e como tenho a satisfação em poder responder. Além daquele encontro fui procurada em nossa casa por grupos de jovens que pesquisavam diferentes assuntos, isto a cada dia e por muitas vezes. E incrível como dão preferência a minha pessoa, posso até deduzir que os idosos do meu tempo, em sua maioria, já se foram, como por exemplo, João de Deus, Viton, Severino Leite, Eunice Braz. A lembrança deles, das épocas passadas que contavam e diziam sem escrever e com eles levaram um verdadeiro arquivo histórico. Não posso saber quando, o certo mesmo é que também, um dia não estarei mais aqui. Sempre que se aproxima uma data comemorativa, as escolas, até pessoas das Rádios, do Colégio Estadual, do IEIC e João Paulo II, estão dando tarefas para pesquisa, até gravam entrevistas. Alguns dos grupos cumprem apenas a obrigação, outros conversam, discutem entre si, mostram interesse em saber. Isso me deixa encantada, por isso cumpri mento com imenso carinho esses jovens estudantes e a eles dedico este novo trabalho "Uma Chuva de Memórias". Não pretendo ser dona da verdade, se alguém sabe de outra maneira, conte como estou fazendo agora. Nem muito menos aparecer como escritora ou historiadora, ou visando lucros, meu desejo é deixar para aqueles que, no futuro, não mais me encontrarão à porta, que estará fechada porque então já estarei com Deus. |
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Um tempo escrevi valsas antigas ditadas por minha mãe, também, canções, boleros, enfim, toadas e tudo que era do meu agrado. Emprestei o caderno a uma amiga que o devolveu tão danificado, então o coloquei no fogo de lenha, arrependi-me depois. Agora pela segunda vez escrevo memórias e com tenho na mente um turbilhão de lembranças, escrevo com facilidade. Conto coisas, que, em sua maioria, vi acontecer. Também outras histórias que tomei conhecimento, no tempo que se passaram e vidas que acompanhei de peito. Tenho presente na cabeça cada assunto que vou escrevendo, é um prazer fazer isto. Só que tudo ficaria no caderno, guardado só para mim, não fosse o incentivo de Necy, em primeiro lugar. Porém, sem o trabalho dos meus filhos, Maurílio e Madson que, digitaram, corrigiram e preparam-no para impressão, nunca eu poderia publicar um livro tão do meu agrado como foi "Sumé que cu trago na memória". Aos meus dois filhos, todo o meu carinho c gratidão, a eles o meu aplauso. Não posso deixar de agradecer ao Deus que me deu a vida, que conserva em mim tanta memória e me dá a capacidade de passá-la para o papel, a Ele o meu respeito e o meu culto de gratidão. Gostaria de poder fazer ver as pessoas que me dão à honra de ler as minhas memórias que eu não me sinto uma escritora, muito menos historiadora o que sou mesmo é uma pessoa simples, em certo sentido meio analfabeta, não tive chance de estudar, por falta de recursos deixei o curso de admissão ao ginásio pela metade, enfim acho até uma ousadia da minha parte ficar escrevendo, apesar de receber incentivo de pessoas que considero altamente como o Dr. Djaci Ferreira, Dr. Marinett, Sonielson Juvino e outros. Sempre achei que aquele primeiro livrinho seria único, não tinha intenção de repetir essa façanha. Acontece que sou uma incorrigível romântica e quando no dia 31 de Janeiro de 2004, saí para a chuva juntamente a alguns vizinhos, aquele banho me fez reviver um passado muito distante e senti vontade, até uma necessidade de continuara escrever. Tenho muito ainda a contar e foi com muito carinho que resolvi mais uma vez revolver o passado da nossa terra. Conversando em família estivemos observando um fato curioso. Os habitantes dos conjuntos residenciais mais populosos como Mangabeira e Valentina Figueiredo, na maioria são do interior e estando lá se escondem da chuva ninguém sai para tomar um banho. Chegamos a seguinte conclusão: para nós o banho de chuva só tem valor aqui em Sumé, isto já era dito por João de Deus, que lá em Manaíra. pertinho da praia e morria de "roedeira" quando sabia que estava chovendo aqui, ele era gamado no nosso banho, acho que é uma maneira de festejarmos o nosso invento. Revivendo as últimas semanas que precederam o dia 1 “de Abri I é que tenho a certeza de ter agido corretamente ao escrever sobre nosso passado, narrando nossos costumes nos mínimos detalhes. O fato é que. atendendo o chamado da professora Lúcia, no Parque Infantil Presidente Vargas, tive a oportunidade de observar a curiosidade das crianças da quarta série, a respeito do que se passou nos primeiros tempos de sua cidade. Achei elogiável o que presenciei ali, cada pergunta que era feita e como tenho a satisfação em poder responder. Além daquele encontro fui procurada em nossa casa por grupos de jovens que pesquisavam diferentes assuntos, isto a cada dia e por muitas vezes. E incrível como dão preferência a minha pessoa, posso até deduzir que os idosos do meu tempo, em sua maioria, já se foram, como por exemplo, João de Deus, Viton, Severino Leite, Eunice Braz. A lembrança deles, das épocas passadas que contavam e diziam sem escrever e com eles levaram um verdadeiro arquivo histórico. Não posso saber quando, o certo mesmo é que também, um dia não estarei mais aqui. Sempre que se aproxima uma data comemorativa, as escolas, até pessoas das Rádios, do Colégio Estadual, do IEIC e João Paulo II, estão dando tarefas para pesquisa, até gravam entrevistas. Alguns dos grupos cumprem apenas a obrigação, outros conversam, discutem entre si, mostram interesse em saber. Isso me deixa encantada, por isso cumpri mento com imenso carinho esses jovens estudantes e a eles dedico este novo trabalho "Uma Chuva de Memórias". Não pretendo ser dona da verdade, se alguém sabe de outra maneira, conte como estou fazendo agora. 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Usos, costumes... Histórias. Escrever é para mim algo tão agradável que considero uma distração, um passa-tempo. Quando jovem colecionava poesias, enchia um caderno. Um tempo escrevi valsas antigas ditadas por minha mãe, também, canções, boleros, enfim, toadas e tudo que era do meu agrado. Emprestei o caderno a uma amiga que o devolveu tão danificado, então o coloquei no fogo de lenha, arrependi-me depois. Agora pela segunda vez escrevo memórias e com tenho na mente um turbilhão de lembranças, escrevo com facilidade. Conto coisas, que, em sua maioria, vi acontecer. Também outras histórias que tomei conhecimento, no tempo que se passaram e vidas que acompanhei de peito. Tenho presente na cabeça cada assunto que vou escrevendo, é um prazer fazer isto. Só que tudo ficaria no caderno, guardado só para mim, não fosse o incentivo de Necy, em primeiro lugar. Porém, sem o trabalho dos meus filhos, Maurílio e Madson que, digitaram, corrigiram e preparam-no para impressão, nunca eu poderia publicar um livro tão do meu agrado como foi "Sumé que cu trago na memória". Aos meus dois filhos, todo o meu carinho c gratidão, a eles o meu aplauso. Não posso deixar de agradecer ao Deus que me deu a vida, que conserva em mim tanta memória e me dá a capacidade de passá-la para o papel, a Ele o meu respeito e o meu culto de gratidão. Gostaria de poder fazer ver as pessoas que me dão à honra de ler as minhas memórias que eu não me sinto uma escritora, muito menos historiadora o que sou mesmo é uma pessoa simples, em certo sentido meio analfabeta, não tive chance de estudar, por falta de recursos deixei o curso de admissão ao ginásio pela metade, enfim acho até uma ousadia da minha parte ficar escrevendo, apesar de receber incentivo de pessoas que considero altamente como o Dr. Djaci Ferreira, Dr. Marinett, Sonielson Juvino e outros. Sempre achei que aquele primeiro livrinho seria único, não tinha intenção de repetir essa façanha. Acontece que sou uma incorrigível romântica e quando no dia 31 de Janeiro de 2004, saí para a chuva juntamente a alguns vizinhos, aquele banho me fez reviver um passado muito distante e senti vontade, até uma necessidade de continuara escrever. Tenho muito ainda a contar e foi com muito carinho que resolvi mais uma vez revolver o passado da nossa terra. Conversando em família estivemos observando um fato curioso. Os habitantes dos conjuntos residenciais mais populosos como Mangabeira e Valentina Figueiredo, na maioria são do interior e estando lá se escondem da chuva ninguém sai para tomar um banho. Chegamos a seguinte conclusão: para nós o banho de chuva só tem valor aqui em Sumé, isto já era dito por João de Deus, que lá em Manaíra. pertinho da praia e morria de "roedeira" quando sabia que estava chovendo aqui, ele era gamado no nosso banho, acho que é uma maneira de festejarmos o nosso invento. Revivendo as últimas semanas que precederam o dia 1 “de Abri I é que tenho a certeza de ter agido corretamente ao escrever sobre nosso passado, narrando nossos costumes nos mínimos detalhes. O fato é que. atendendo o chamado da professora Lúcia, no Parque Infantil Presidente Vargas, tive a oportunidade de observar a curiosidade das crianças da quarta série, a respeito do que se passou nos primeiros tempos de sua cidade. Achei elogiável o que presenciei ali, cada pergunta que era feita e como tenho a satisfação em poder responder. Além daquele encontro fui procurada em nossa casa por grupos de jovens que pesquisavam diferentes assuntos, isto a cada dia e por muitas vezes. E incrível como dão preferência a minha pessoa, posso até deduzir que os idosos do meu tempo, em sua maioria, já se foram, como por exemplo, João de Deus, Viton, Severino Leite, Eunice Braz. A lembrança deles, das épocas passadas que contavam e diziam sem escrever e com eles levaram um verdadeiro arquivo histórico. Não posso saber quando, o certo mesmo é que também, um dia não estarei mais aqui. Sempre que se aproxima uma data comemorativa, as escolas, até pessoas das Rádios, do Colégio Estadual, do IEIC e João Paulo II, estão dando tarefas para pesquisa, até gravam entrevistas. Alguns dos grupos cumprem apenas a obrigação, outros conversam, discutem entre si, mostram interesse em saber. Isso me deixa encantada, por isso cumpri mento com imenso carinho esses jovens estudantes e a eles dedico este novo trabalho "Uma Chuva de Memórias". Não pretendo ser dona da verdade, se alguém sabe de outra maneira, conte como estou fazendo agora. Nem muito menos aparecer como escritora ou historiadora, ou visando lucros, meu desejo é deixar para aqueles que, no futuro, não mais me encontrarão à porta, que estará fechada porque então já estarei com Deus. |
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