Avaliação da qualidade das águas superficiais e seu reúso na irrigação de áreas verdes do campus sede da Universidade Federal de Campina Grande-PB.

• Autor(a) principal: ANDRADE, Lázaro Ramom dos Santos.
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1940
• topic: Reúso; Índice de Estado Trófico; Índice de Qualidade da Água; Reuse; Index of Trophic Status; Water Quality Index; Recursos Naturais

A cidade de Campina Grande-PB vem sofrendo com a grande estiagem que assola a região Nordeste, diante disto a população vem desenvolvendo alternativas que para mitigar a crise hídrica. A utilização de águas residuárias na agricultura é uma prática que vem ganhando espaço nos últimos anos, no entanto estudos que comprovem sua qualidade devem ser efetuados, bem como a aplicação de técnicas de tratamento que contribuam para a preservação do meio ambiente e da qualidade de vida da população. A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) utiliza a água de duas lagoas contendo águas residuárias para irrigação das áreas verdes do campus. Diante da falta de tratamento dessas águas, o presente trabalho objetivou avaliar a qualidade dessas águas superficiais do campus sede da UFCG, para fins de reuso na irrigação de áreas verdes. A pesquisa foi realizada no ano de 2016, entre os meses de março a outubro, na qual foi avaliada a qualidade das águas por meio de uma sonda multiparâmetros, análises físico-químicas e microbiológicas. Os resultados foram comparados aos valores estabelecidos pela Resolução no 357 de 2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), bem como utilizados para calcular o Índice de Estado Trófico (IET) e Índice de Qualidade da Água (IQA). O IQA da lagoa 1 classificou-se entre ruim e péssimo e o IQA da lagoa 2 foi classificado como péssimo em todos os meses de estudo. Com relação ao grau de trofia da lagoa 1, o IET variou entre Mesotrófico e Eutrófico nos seis primeiros meses, passando a Supereutrófico nos dois últimos meses. A lagoa 2 apresentou melhor IET no mês de março, de modo que os demais meses variaram entre Supereutrófico e Hipereutrófico. Constatou-se que a água da lagoa 2 apresentou qualidade inferior em relação a lagoa 1, em detrimento do canal que liga as duas lagoas e que recebe efluentes de pontos adjacentes do campus. Outro fator relevante para esses resultados é a presença de aves que eliminam seus excrementos na água além da entrada de efluentes advindos do bloco CA e do quiosque na margem da lagoa 2. Constatou-se que a utilização dessas águas sem tratamento pode acarretar danos ao solo, às plantas e causar doenças aos funcionários que operam os sistemas de irrigação, assim como as pessoas que utilizam o campo de futebol, bem como as áreas verdes para descanso ou lazer. Sendo assim se faz necessário a implantação de um sistema de tratamento de efluente que possa reduzir a carga poluidora dessas águas.