Bloqueio dos principais nervos da cabeça do cão: aspectos neuroanatômico, farmacológico e técnico.

• Autor(a) principal: FELIPE, Gracineide da Costa.
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25769
• topic: Anestesiologia Veterinária; Lidocaína; Bupivacaína; Anestesia em cães; Bloqueio de nervos da cabeça - cães; Cães - anestesia; Nervos da cabeça - cães; Neuroanatomia - cães; Farmacocinética dos anestésicos locais - cães; Anestésicos locais; Toxicidade dos anestésicos locais; Fármacos anestésicos locais; Veterinary Anesthesiology; Lidocaine; Bupivacaine; Anesthesia in dogs; Nerve blockage of the head - dogs; Dogs - anesthesia; Head nerves - dogs; Neuroanatomy - dogs; Pharmacokinetics of local anesthetics - dogs; Local anesthetics; Toxicity of local anesthetics; Local anesthetic drugs; Medicina Veterinária

O bloqueio local e uma técnica que está em crescente ascensão na medicina veterinária, mas que ainda se depara com alguns empecilhos, muitas vezes porque o anestesista não tem total segurança da anatomia da região e das melhores técnicas a serem empregadas. Esse bloqueio regional usado de forma paliativa a anestesia geral e inalatória, vem sendo importante em pacientes de alto risco, reduzindo o uso dos fármacos depressores do Sistema Nervoso e minimizando as complicações durante o trans e pós operatório. Os anestésicos locais promovem perda da sensibilidade dolorosa e reduzem a reação inflamatória, diminuindo o estresse do animal. A lidocaína e a bupivacaína são mais utilizados na medicina veterinária por promoverem uma boa latência e bom período de ação, respectivamente. A lidocaína, por exemplo, e antiarrítmica, possui lipossolubilidade moderada, um pKa 7,7 e percentual ligação proteica em torno de 64%, já bupivacaína, apresenta uma alta lipossolubilidade, pKa 8.1 e uma grande afinidade as proteínas plasmáticas, cerca de 95%. Por essas e outras características farmacológicas a associação desses anestésicos vem se tornando cada vez mais frequente na rotina anestesiológica. Procedimentos odontológicos e oftálmicos são realizados corriqueiramente na medicina veterinária, para isso e necessário conhecimentos neuroanatômicos sobre a origem do nervo a sua função e área de inervação. No cão, o nervo oftálmico, n. lacrimal, n. zigomático, n. maxilar, n. infraorbitário, n. mandibular e n. alveolar inferior garantem a inervação da região do globo ocular, pele, dos lábios, dentes, língua, focinho, mandíbula e maxila, ou seja, o bloqueio desses nervos dessensibiliza quase que totalmente a cabeça do animal. Com o bloqueio perineural e possível dessensibilizar a área que circunda o nervo. Apos ser injetado, o anestésico local vai migrar e impedir a geração do impulso nervoso. Esta revisão conseguiu reunir informações sobre os anestésicos locais mais utilizados na medicina veterinária e suas características farmacológicas, os aspectos neuroanatômicos região da cabeça do animal e os bloqueios regionais mais empregados para dessensibilizar essa área. O trabalho teve como objetivo facilitar a escolha das técnicas de bloqueios mais propícias para determinados procedimentos cirúrgicos, alem de torna-las mais rotineiras na anestesiologia veterinária.