A relevância da história oral para dar voz aos sujeitos excluídos da história oficial.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: NÓBREGA, Afrânio de Medeiros.
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35135
Resumo: Este trabalho objetiva discutir e analisar a produção de novas narrativas historiográficas, capaz de conformar uma história política e social por meio da história oral, resgatando e valorizando as memorias de sujeitos anônimas e esquecidas pela historiografia oficial. Desde os tempos mais longínquos, quando os gregos começaram a observar e a investigar fatos passados, até por volta de meados do século XX, a forma que prevaleceu de narrativa histórica foi aquela que privilegiava os feitos dos “grandes homens”, dos “Heróis’, denominada de história política tradicional. A partir dos anos 1970, esta história política foi renovada e reformada, surgindo novos métodos de abordagem, como através da representação simbólica. Com isso, o olhar historiográfico saiu da elite e foi para o meio do povo. Houve também a revalorização de uma análise que privilegia o qualitativo e o resgate das experiências individuais. Com isso, as fontes orais assumiu papel importante nos estudos da história oral e da história do tempo presente, ligadas a temas mais contemporâneos. Assim, a pesquisa através da oralidade se constitui como novas abordagens, novas fontes, os relatos orais oportuna no diálogo com pessoas, levando a percepção da história de vida e das memorias de sujeitos anônimas e esquecidas pela historiografia oficial. Oportuniza a validação de um senso comum, na medida em que coleta depoimentos e dá espaço para as representações sociais. Trabalhar com história oral é adentrar em um mundo de variáveis representações e o historiador deve manter o compromisso de tornasse participante no processo de rememoração. A princípio, recorrer as fontes orais significava mergulhar nas mais puras fantasias, pois as narrativas estavam passivas de mudanças no inconsciente das pessoas, pelas quais se deixavam levar pelo saudosismo desfigurando a realidade histórica. No entanto, com as mudanças ocorridas na produção historiográfica a partir de 1980, possibilitaram aos historiadores enxergar o passado a partir de novas lentes de visualização e isso ocasionando em novas perguntas para (ré)interpretar o passado. A partir daí surge novos procedimentos metodológicos que assinalam novas formas de se trabalhar a História como Ciência. É nesta crise de paradigma de explicação que a história oral ganha terreno e sua relevância se revela ao dar voz aos excluídos.
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