Cervantes entre a loucura e a lucidez: cavalaria, igreja e “lenda dourada” na sacralização do medievo ocidental.

• Autor(a) principal: SILVA, José Henrique Bernardo da.
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35289
• topic: Medievo ocidental; Cavalaria; Cervantes; História e Literatura; Literatura e História; Dom Quixote - Miguel de Cervantes; Miguel de Cervantes - Dom Quixote; Literatura espanhola; Lenda Dourada - medievo ocidental - Cervantes; Western medieval; Western medieval; Cervantes; History and Literature; Literature and History; Don Quixote - Miguel de Cervantes; Spanish literature; Golden Legend - western medieval - Cervantes; História.; Literatura.

Compreender as tramas e o universo social em que as pessoas são forjadas é antes de tudo magnífico. Foi pensando nisso que nos embrenhamos em pesquisar sobre o imaginário em que viviam as pessoas no final do século XIII, no medievo ocidental, e, portanto, nos enveredamos pelo caminho voltado à história cultural. Saber como os romances de cavalaria disseminaram o pensamento cristão, forjado pela Igreja Romana, de maneira que suas influências encontram-se presentes até hoje no nosso cotidiano. Como através da “Saga dos Cavaleiros” as pessoas eram moldadas pelos preceitos simbólicos de uma cristandade que se expandia e eram facilmente dominadas pela ordem eclesiástica, ordem esta que controlava o acesso a cultura e a leitura de uma forma geral e que há séculos mantinha predominante sua doutrina. Através de Cervantes, podemos perceber como foi construída, com toda sutileza, uma forma de romper com essa “verdade maior”. Portanto, nesta pesquisa, pretendemos observar como o discurso cervantino, através de Dom Quixote, dá um ressignificado à “Lenda Dourada”, tentando, com isso, legitimar uma nova forma de pensamento, visto que àquela forma de se ver o mundo já não mais correspondia a uma realidade.