Obtenção de Blend a partir das cascas da manga e do umbu-cajá.

• Autor(a) principal: LEITE, Daniela Dantas de Farias.
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: SANTOS, Francislaine Suelia., OLIVEIRA, Marcela Nobre., SILVA, Chrislanne Michelle., QUEIROZ, Alexandre José de Melo.
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33624
• topic: Casca da manga - obtenção de blend; Casca do umbu-cajá - obtenção de blend; Blend - cascas de manga e umbu-cajá; Resíduos agroindustriais; Casca de frutas - aproveitamento; Mango peel - obtaining blend; Umbu-cajá bark - obtaining a blend; Blend - mango and umbu-cajá peels; Agro-industrial waste; Fruit peel - use; Ecologia.

O Brasil, por ser um país de grande atividade agrícola, produz altos volumes de resíduos agroindustriais que geram impactos ambientais e, com isso, a busca de alternativas para a utilização dessa matéria orgânica gerada cresce em vários centros de pesquisa. A utilização eficiente desses resíduos (cascas, talos e outros componentes) é importante, uma vez que agrega valor aos subprodutos agroindustriais, previne problemas de poluição ambiental além de uma boa alternativa para o combate à fome (MALACRIDA et al., 2007). Uma alternativa para o aproveitamento destes resíduos é sua transformação em bebidas mistas, blend de sucos ou néctares. Chamam-se mixes ou blends, as misturas de sucos ou néctares (duas ou mais espécies) elaborados com a finalidade de melhorar as características nutricionais e sensoriais dos componentes consumidos isoladamente (BRANCO et al., 2007). Deve-se salientar que a Legislação Brasileira ainda não tem uma Instrução Normativa com Regulamento Técnico específico para sucos e néctares mistos, o que existe são definições de Suco Tropical Misto, Suco Misto e Refresco Misto ou Bebida Mista de frutas ou de extratos vegetais (BRASIL, 1997; BRASIL, 2003). A manga (Mangifera indica L.) é uma das principais frutas tropicais, com considerável valor nutritivo e destaca-se entre as 10 frutíferas mais cultivadas no mundo. Durante seu processamento, a casca e o caroço são descartados, gerando 40-50% da massa total da fruta em rejeitos (FAO, 2009), que poderiam ser aproveitados como fonte alternativa de nutrientes. Neste sentido, a industrialização da manga, inclusive da casca, pode ser uma alternativa para atenuar perdas, bem como, abrandar a geração de resíduos orgânicos sólidos (OLIVEIRA et al., 2007). A umbu-cajazeira (Spondias sp.), resultante do cruzamento espontâneo de Spondias tuberosa X S. mombin, é uma frutífera tropical nativa do Nordeste brasileiro, de fácil propagação, cujo fruto apresenta grandes perspectivas de inserção nos mercados interno e externo de frutas exóticas, especialmente na forma de polpa, sucos e sorvetes. O fruto do umbu-cajá tem posição de destaque devido a suas características organolépticas serem agradáveis. O processamento dessa fruta apresenta-se como uma forma viável de conservação, trazendo como vantagem a possibilidade de aproveitamento dos excedentes de produção, contornando problemas de sazonalidade e possibilitando sua distribuição por maiores períodos do ano (VIANA, 2008). Na extração mecânica da polpa, a fração residual constituída pelas cascas, ligeiramente mais ácida que a polpa é rica em sabor, prestando-se ao aproveitamento como subproduto. A procura por diversos sabores em sucos ou néctares tem levado empresas a desenvolverem novos produtos para atender à demanda. Uma alternativa seria a combinação de diferentes resíduos agroindustriais como fontes importantes de princípios nutritivos. Visando atender os anseios da população na busca por novos sabores e benefícios para a saúde obtidos com derivados de frutas, bem como o aproveitamento de resíduos agroindustriais, esse trabalho teve como objetivo desenvolver um blend a partir das cascas de manga e de umbu-cajá.