As representações sobre Campina Grande (1950/1960): as fontes documentais.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34895 |
Resumo: | O objetivo dessa comunicação é promover uma discussão acerca das representações da cidade de Campina Grande nas décadas de 50 á 60, veiculadas em jornais e semanários oficiais. Na referida temporalidade Campina Grande sofria um processo de modernização do espaço urbano, mudanças de costumes dos seus habitantes, criação de novos bairros, escolas, faculdades, hospitais. Diante disso, procuramos analisar os discursos sobre a cidade, atentando sobre o lugar social dos autores, o uso e a forma desses discursos. Intelectuais como Lopes de Andrade e Stênio Lopes, veicularam em jornais e semanários oficiais discursos que idealizavam ou conclamavam necessidades mais urgentes dos campinenses. As fontes oficiais nos ofereceram varias possibilidades de ver e dizer a cidade no campo político, educacional e médico. O discurso higienista que coloca saúde e educação, como provedora de uma disciplina dos corpos e das mentes, que instituem novos hábitos e valores nos campinenses foi priorizado. Mas, não podemos esquecer-nos das formas de apropriação e uso que os habitantes faziam dos discursos modernizantes. As conquistas materiais e simbólicas de Campina Grande atraíram um grande número de forasteiros, destinados a amar a urbe e fazê-la progredir. No entanto foram repelidos do centro urbano, acomodados em condições precárias em casebres e cortiços, deixados de fora de um plano assistencial dos médicos, (um pouco menos da metade da população morava em área considerada rural), despertando a atenção do Estado, que providenciou medidas de controle social. A política assistencialista em Campina, também passava por modificações, na virada da década de 50 para 60, a disputa eleitoral entre Milton Rique e Severino Cabral apontava outra forma de fazer política, e novos projetos de cidade. Sendo assim, a metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica, pesquisa em semanários oficiais do município e alguns jornais da época. O nosso aporte teórico baseou-se nas contribuições de Certeau (2007), Foucault(1979, 1987), Chartier (1998), bem como a historiografia local com Agra do Ó e as disputas eleitorais de 1959, Souza (2002) com as formas de lazeres e as proibições de certos prazeres na cidade nos anos 60. Dessa forma, novos modos de ver e dizer a cidade foram construídos, a partir de um jogo de representações sobre a Rainha da Borborema. |
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