Nos mares de terras: o bando dos conquistadores e a dinâmica social na povoação do Piancó, Capitania da Paraíba do Norte (c. 1700 – c. 1760).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MORAIS, Yan Bezerra.
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9944
Resumo: O presente trabalho analisa a formação de grupos sociais e os exercícios das dinâmicas político-administrativas dos sertões recém-conquistados da Paraíba do Norte setecentista. Com a atuação de sesmeiros lusitanos, uma nova organização sociopolítica baseada no Antigo Regime luso foi incorporada aos sertões. A partir de 1711 com a atuação de um juiz ordinário das ribeiras de Piranhas e Piancó, torna-se possível compreender como esse espaço foi definido por detentores dos principais cargos militares e da administração civil, ligados aos homens bons da Cidade da Paraíba. Torna-se imprescindível compreender a relação criada entre centro e periferia, ou seja, a Coroa portuguesa, através dos oficiais régios da capitania, e seus sertões. Contando com os espaços detentores de autonomias de ação, as relações pessoais entre os sertanistas e o governo foram baseadas na negociação, reciprocidade e ligações com o Senado da Câmara, tendo o objetivo de legitimar um ethos nobiliárquico para os bandos de conquistadores sertanejos formadores de uma elite local. Especialmente por meio dos Livros de Notas produzidos pelo tabelião da Povoação do Piancó e a correspondência oficial do Arquivo Histórico Ultramarino, percebemos a criação de uma política do bem comum que permitiu aos seus integrantes manterem-se no centro do poder local e terem acesso aos privilégios que seus cargos na administração e governança podiam oferecer.
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