Recuperação de área degradada no Semiárido Brasileiro utilizando água residuária num sistema agroflorestal.

• Autor(a) principal: SILVA, Silvanete Severino da.
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24441
• topic: Recuperação de área degradada - semiárido; Semiárido Brasileiro - recuperação de área degradada; Água residuária; Sistema agroflorestal; Manejo de água e solo; Irrigação com água residuária; Efluente doméstico; Sistema irrigado; Palma forrageira irrigada; Espécies nativas da caatinga; Gotejo com água residuária; Efluentes na agricultura; Aroeira e sabiá irrigados; Recovery of degraded area - semi-arid; Brazilian Semiarid - recovery of degraded area; Wastewater; Agroforestry system; Water and soil management; Irrigation with wastewater; Domestic effluent; Irrigated system; Irrigated forage palm; Native species of the caatinga; Drip with wastewater; Effluents in agriculture; Irrigated mastic and sabiá; Reuso de águas na agricultura; Reuse of water in agriculture; Água de reuso na agricultura; Treated wastewater; Engenharia Agrícola.

O estabelecimento de um sistema agroflorestal, baseado no cultivo de aroeira, sabiá e palma forrageira é uma forma de uso ou manejo de terras e quando associado com a água residuária pode recuperar áreas degradadas e proporcionar benefícios socioeconômicos e ambientais. O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o potencial de um sistema agroflorestal irrigado com água residuária tratada na recuperação de uma área degradada no semiárido nordestino. A pesquisa foi realizada na sede administrativa do Instituto Nacional do Semiárido, município de Campina Grande, PB, Brasil, em área degradada pela remoção dos horizontes A e B, cuja região fisiográfica e Cariris Velhos possuem coordenadas geográficas de latitude 07º 27’ S, longitude 35° 95’ W e altitude média de 550 m, durante os anos de 2015 a 2018. Para a determinação das características químicas do solo distribuiuse os tratamentos em blocos ao acaso, avaliandose três tratamentos (0,5 L de água de abastecimento; 0,5 e 1,0 L água residuária fornecidas em irrigação por gotejo), em duas épocas (antes e após dois anos de aplicação dos tratamentos com água), com duas profundidades (015 e 1530 cm) e repetições. Quanto a avaliação do crescimento e produção da palma forrageira var. Orelha de Elefante Mexicana irrigada com água residuária tratada repetiuse o fator água irrigada em função de três épocas (240, 300 e 360 dias após o plantio). Esse mesmo delineamento foi avaliado no segundo ano de cultivo do experimento após o corte das plantas. No primeiro e segundo ano avaliouse a altura total da planta, comprimento, largura, perímetro e espessura média do cladódio e as variáveis de produção: massa seca da planta, teor de umidade, produtividade da planta e produtividade da água irrigada. A avaliação do crescimento inicial das espécies arbóreas sabiá e aroeira foi num esquema fatorial com dois fatores (água residuária e idade da planta com dez blocos) sendo cada unidade experimental composta por três plantas. O fator água de irrigação foi constituído por três níveis aplicação semanal em plantas nativas da Caatinga (0,5 L de água de abastecimento; 0,5 e 1,0 L água residuária). O fator idade constituído de seis níveis (300, 420, 540, 660, 780 e 900 dias após o transplantio). Foram avaliadas as variáveis de crescimento diâmetro caulinar e altura de planta. Constatouse que o aumento da lâmina de efluente doméstico proporcionou redução no teor de Na, Ca e Mg no solo. Tanto o volume de 1,0 L quanto o de 0,5 L de água residuária reduzem o carbono do solo. O gotejo semanal de 0,5 L de água residuária por planta proporcionou ganhos nas variáveis biométricas das plantas em relação à aplicação de água de abastecimento. Houve aumento da massa seca, teor de água, produtividade de massa fresca e da água no segundo corte. O gotejo semanal de 0,5 L de efluente doméstico proporcionou maior altura e diâmetro de caule no sabiá e na aroeira em relação ao gotejo de 0,5 L com água de abastecimento. A altura e diâmetro do caule das plantas de sabiá e a aroeira cresceram linearmente no período avaliado.