Leitura como patrimônio cultural e nomeação de Ledor/A1 para pessoa cega (PC): uma postura crítica.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GUIMARÃES, Zuleide Maria de Arruda Santiago.
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34272
Resumo: Nossa experiência no Instituto de Educação e Assistência aos Cegos do Nordeste (IEACN), situado em Campina Grande, (PB), mostra que, no momento em que algumas instituições educacionais nomeiam ledores para lerem provas em tinta em situações de avaliação - dos exames supletivo (provas que são planejadas para videntes e lidas para PC) -, desconsideram sua forma de leitura e nomeiam quaisquer ledores (GUIMARÃES, 2008; 2009a; 2009b; 2009c) .Isso é uma prova de que, para elas, não tem valor a forma de apropriação do texto/prova pelos ledores, nem os processos pelos quais o texto faz sentido para aqueles que o lêem. No intuito de sabermos como as ledoras das provas apropriaram-se dos textos/provas, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa (DENZIN, N. K; LINCOLN, Y. S., 2006) com coleta de dados através de entrevista realizada com as ledoras 03 e 06(LD 03 e LD 06). LD 03, que tinha função de ler para a PC e estudava com ela, e LD 06 que havia lido uma só vez para PC e não sabia que ia ler prova naquele dia. Os dados mostraram que a instituição que nomeou LD 03 levou em consideração os deslocamentos propostos por Chartieur, pois tal ledora considerava a forma de ler da PC, enquanto que a outra nomeadora de LD 06, não o considerou. Nesse contexto, o trabalho discute a necessidade por parte das instituições de levarem em consideração os deslocamentos propostos por Chartieur para que não reduzam a história do livro/texto/prova a assemelhar a identificação das diferenças às únicas desigualdades de repartição, e tomem conhecimento dos processos pelos quais um texto faz sentido para aqueles que o lêem. A seguir, apresentamos as partes: o patrimônio “leitura” ao longo da história; a leitura e partilha cultural à luz dos deslocamentos chartieurnianos; análise dos dados e considerações finais.
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