Desenvolvimento de membrana de quitosana/1,4 naftoquinona para liberação controlada: curativo para feridas oncológicas.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: TOMAZ, Alecsandra Ferreira.
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/320
Resumo: As lesões cutâneas associadas ao câncer de pele apresentam crescente importância na atualidade, visto que este tipo de câncer é o mais incidente para ambos os sexos no Brasil, mesmo sendo considerado de baixa letalidade. Suas características de sangramento, exsudação intensa e presença de odores, além da dificuldade da aceleração do processo cicatricial sugerem a necessidade do desenvolvimento de biomateriais que possam ser utilizados como curativos no intuito de prover melhor resposta à esta condição. Nesse sentido, esse trabalho teve como objetivo desenvolver membrana de quitosana para liberação controlada de 1,4-naftoquinona como proposta de curativo para feridas oncológicas. Para tanto, foram desenvolvidas membranas de quitosana e quitosana/1,4-naftoquinona pelo método de liofilização e evaporação de solvente (densas). Para quantificar o 1,4-naftoquinona nas membranas de quitosana foi utilizada a espectroscopia na região do ultravioleta (UV/VIS), cuja metodologia foi validada analíticamente. Para caracterização química, física e biológica destas foram utilizadas a Espectroscopia na Região do Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), Difração de Raios X (DRX), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Termogravimetria (TG), Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Ensaio de Tração, Teste de Molhabilidade, Grau de Intumescimento (GI), Biodegradação e Citotoxicidade. No ensaio de FTIR confirmou-se a reticulação e interação da quitosana com o 1,4-naftoquinona. Na técnica de DRX observou-se os picos característicos da quitosana nas membranas desenvolvidas e naquelas com 1,4-naftoquinona constatou-se um aumento da cristalinidade. Na MEV foram identificadas estruturas porosas, lamelares e fibrilares nas membranas liofilizadas e nas por evaporação de solvente uma estrutura lisa e homogêna. Os resultados de TG e DSC indicaram que a adição do agente reticulante e do 1,4-naftoquinona elevou à resistência à temperatura das amostras. As membranas por evaporação de solvente apresentaram maior resistência ao ensaio de tração. Todas membranas confeccionadas exibiram perfil de hidrofilicidade e GI elevado. Constatou-se que membranas densas degradaram mais que as liofilizadas. No ensaio de liberação controlada foi possível evidenciar uma liberação lenta, controlada, caracterizada em etapas. As membranas com melhores resultados no ensaio de liberação foram submetidas ao teste de citotoxicidade e apresentaram-se tóxicas. Conclui-se que essas membranas são promissoras para uso como curativo em liberação controlada de 1,4-naftoquinona.
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Nesse sentido, esse trabalho teve como objetivo desenvolver membrana de quitosana para liberação controlada de 1,4-naftoquinona como proposta de curativo para feridas oncológicas. Para tanto, foram desenvolvidas membranas de quitosana e quitosana/1,4-naftoquinona pelo método de liofilização e evaporação de solvente (densas). Para quantificar o 1,4-naftoquinona nas membranas de quitosana foi utilizada a espectroscopia na região do ultravioleta (UV/VIS), cuja metodologia foi validada analíticamente. Para caracterização química, física e biológica destas foram utilizadas a Espectroscopia na Região do Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), Difração de Raios X (DRX), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Termogravimetria (TG), Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Ensaio de Tração, Teste de Molhabilidade, Grau de Intumescimento (GI), Biodegradação e Citotoxicidade. No ensaio de FTIR confirmou-se a reticulação e interação da quitosana com o 1,4-naftoquinona. Na técnica de DRX observou-se os picos característicos da quitosana nas membranas desenvolvidas e naquelas com 1,4-naftoquinona constatou-se um aumento da cristalinidade. Na MEV foram identificadas estruturas porosas, lamelares e fibrilares nas membranas liofilizadas e nas por evaporação de solvente uma estrutura lisa e homogêna. Os resultados de TG e DSC indicaram que a adição do agente reticulante e do 1,4-naftoquinona elevou à resistência à temperatura das amostras. As membranas por evaporação de solvente apresentaram maior resistência ao ensaio de tração. Todas membranas confeccionadas exibiram perfil de hidrofilicidade e GI elevado. Constatou-se que membranas densas degradaram mais que as liofilizadas. No ensaio de liberação controlada foi possível evidenciar uma liberação lenta, controlada, caracterizada em etapas. As membranas com melhores resultados no ensaio de liberação foram submetidas ao teste de citotoxicidade e apresentaram-se tóxicas. Conclui-se que essas membranas são promissoras para uso como curativo em liberação controlada de 1,4-naftoquinona.Skin lesions associated with skin cancer present an increasing importance today, since this type of cancer is the most frequent for both sexes in Brazil, even though it is considered of low lethality. Its bleeding characteristics, intense exudation and the presence of odors, as well as the difficulty of accelerating the cicatricial process suggest the need for the development of biomaterials that can be used as curatives in order to provide better response to this condition. In this sense, this work aimed to develop a chitosan membrane for controlled release of 1,4-naphthoquinone as a curative proposal for oncological wounds. So, chitosan and chitosan/1,4-naphthoquinone membranes were developed by the freeze-drying and solution casting method (dense) method. To quantify the 1,4-naphthoquinone in the chitosan membranes, ultraviolet spectroscopy (UV/VIS) was used, whose methodology was validated analytically. For chemical, physical and biological characterization of these membranes, it was used Fourier Transform Infrared Spectroscopy (FTIR), X-ray Diffraction (XRD), Scanning Electron Microscopy (SEM), Thermogravimetry (TG), Differential Scanning Calorimetry (DSC), Traction Test, Wettability Test, Swelling Degree (SD), Biodegradation and Cytotoxicity. In the FTIR assay the cross-linking and interaction of chitosan with 1,4-naphthoquinone was confirmed. In the XRD technique the characteristic peaks of chitosan in the developed membranes were observed and in those with 1,4-naphthoquinone an increase in the crystallinity was observed. In the MEV, porous, lamellar and fibrillary structures were identified in the lyophilized membranes and in the solvent evaporation a smooth and homogeneous structure. The results of TG and DSC indicated that the addition of the crosslinking agent and 1,4-naphthoquinone increased the temperature resistance of the samples. The membranes by solvent evaporation presented higher resistance to the tensile test. All prepared membranes exhibited high hydrophilicity and SD profiles. Dense membranes have degraded more than lyophilized and the membranes submitted to the cytotoxicity assay were toxic. In the controlled release assay it was possible to demonstrate a slow, controlled release, characterized in steps. The membranes with the best results in the release assay were cytotoxic. It is concluded that such membranes are promising for use as dressing in controlled release of 1,4-naphthoquinone.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Ciências e Tecnologia - CCTPÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PROCESSOSUFCGLIMA, Gilson Barbosa de.LIMA, A. G. B.http://lattes.cnpq.br/4527387699298544FOOK, Marcus Vinícius Lia.FOOK, M. V. 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