Mulheres escravizadas na arena judicial por liberdades: ações de liberdade na comarca do Recife Oitocentista (1870-1888).
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35130 |
Resumo: | O tema da escravidão, durante anos foi estudado sob uma ótica generalista, onde a presença das mulheres escravizadas enquanto protagonistas foi silenciando. Movimentos sociais entorno da luta pelo fim da ditadura civil militar e suas atrocidades, em favor da redemocratização no final dos anos 1970 no Brasil, faz ressurgir o clamor pelas minorias, e dentre esses movimentos, o movimento em defesa das mulheres negras alavanca questionamentos sobre o regime escravocrata, racializado que vigorou por mais de três séculos no país. A ampliação de fontes e o avanço das pesquisas historiográficas ressignifica o papel da mulher escravizada. Pesquisas realizadas em fontes policiais e judiciais apresentam a história das mulheres enquanto sujeitos ativos no processo gradual da abolição oficial de maio de 1888. As mulheres escravizadas ocupavam as ruas do Recife oitocentista improvisando suas subsistências. Nem dóceis nem heroínas, utilizavam-se de estratégias para resistir a sociedade escravista. Nosso estudo tem como objetivo dar visibilidade a estratégia da judicialização de conflitos envolvendo mulheres escravizadas e o domínio senhorial, no pós Lei do Ventre Livre de 1871 em ações de liberdade que tramitaram na Comarca do Recife. Partindo de vestígios e indícios, cruzamos nossas fontes com notas publicadas em periódicos da época e historiografia atual, oportunizando a construção da narrativa da percepção das mulheres pela via judicial como estratégia de resistência. O caminho para a conquista de direitos e liberdades árduo, as vozes das mulheres ressoavam através das vozes de escrivães, curadores, juízes, representantes. Escravizadas que protagonizaram o sonho de liberdades para si, seus filhos e filhas, ganham lugar de destaque no processo da abolição. |
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Mulheres escravizadas na arena judicial por liberdades: ações de liberdade na comarca do Recife Oitocentista (1870-1888).Enslaved women in the judicial arena for freedoms: freedom actions in the region of Recife in the 19th century (1870-1888).Mulheres escravizadasRecife oitocentistaAções de liberdade - Comarca do Recife 1870-1888Escravidão - Recife oitocentistaEscrqvidão feminina - Recife oitocentistaAções judiciais de liberdade - mulheres escravizadas 1870-1888Enslaved women19th century RecifeFreedom actions - District of Recife 1870-1888Slavery - 19th century RecifeFemale slavery - 19th century RecifeFreedom Lawsuits – Enslaved Women 1870-1888HistóriaO tema da escravidão, durante anos foi estudado sob uma ótica generalista, onde a presença das mulheres escravizadas enquanto protagonistas foi silenciando. Movimentos sociais entorno da luta pelo fim da ditadura civil militar e suas atrocidades, em favor da redemocratização no final dos anos 1970 no Brasil, faz ressurgir o clamor pelas minorias, e dentre esses movimentos, o movimento em defesa das mulheres negras alavanca questionamentos sobre o regime escravocrata, racializado que vigorou por mais de três séculos no país. A ampliação de fontes e o avanço das pesquisas historiográficas ressignifica o papel da mulher escravizada. Pesquisas realizadas em fontes policiais e judiciais apresentam a história das mulheres enquanto sujeitos ativos no processo gradual da abolição oficial de maio de 1888. As mulheres escravizadas ocupavam as ruas do Recife oitocentista improvisando suas subsistências. Nem dóceis nem heroínas, utilizavam-se de estratégias para resistir a sociedade escravista. Nosso estudo tem como objetivo dar visibilidade a estratégia da judicialização de conflitos envolvendo mulheres escravizadas e o domínio senhorial, no pós Lei do Ventre Livre de 1871 em ações de liberdade que tramitaram na Comarca do Recife. Partindo de vestígios e indícios, cruzamos nossas fontes com notas publicadas em periódicos da época e historiografia atual, oportunizando a construção da narrativa da percepção das mulheres pela via judicial como estratégia de resistência. O caminho para a conquista de direitos e liberdades árduo, as vozes das mulheres ressoavam através das vozes de escrivães, curadores, juízes, representantes. Escravizadas que protagonizaram o sonho de liberdades para si, seus filhos e filhas, ganham lugar de destaque no processo da abolição.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilUFCG20192024-03-19T19:24:39Z2024-03-192024-03-19T19:24:39Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35130HARTEN, Maria Marinho. Mulheres escravizadas na arena judicial por liberdades: ações de liberdade na comarca do Recife Oitocentista (1870-1888). In: III Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica - Cultura, Poder, Sociedade e Identidade. GT 05 - Fontes Históricas para os Estudos e Pesquisas sobre Afro-Brasileiros. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 3º, 2019. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2019. p. 293-304. ISSN: 2176 4514. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35130porHARTEN, Maria Marinho.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2024-03-19T19:25:02Zoai:localhost:riufcg/35130Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512024-03-19T19:25:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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