Oposição estratégica e rastreamento tático: a convergência identitária entre fábricas e presídios.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RAMOS, Helmano de Andrade.
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34665
Resumo: O trabalho procura analisar a penitenciária do Serrotão, em Campina Grande PB como fábrica, através da exposição de dois locais discursivos identificados entre a oficialidade e a marginalidade institucional, a demonstrar o interesse por parte dos oficiais na separação entre as identidades (discurso paternalista), em seguida, a denúncia das convergências culturais através da leitura marginal trazida por um dos “chefes de pavilhões” (representado entre patrões e operários como o fiscal), rastreando os interesses “ocultos” ao discurso, mas reluzentes entre as práticas quais; comércio, construções de casas, propina para aluguel de armas, quebra dos albergues, assassinatos de estupradores tal qual uma fábrica em que no período de uma gestão administrativa (três anos), manteve o equilíbrio entre os supostos opostos, que quando completos demonstram seus produtos entre mortes e prisões de diretores e de presos, fazendo do cômico a tragédia da ciência moderna e das prisões. Nesse sentido que se afirmou no período entre 2005 e 2008, a observação do discurso oficial buscando enquadrar os detentos à determinado tipo de ordens narrada e exposta visualmente como regras afixadas em todas as partes da direção, contudo observamos também o aval dos próprios detentos a permitir o contato com os diretores desviando os objetivos iniciais da pesquisa, mas demonstrando um vinculo até então desconhecido, de forma que tal evidencia a despeito de se tornar notícia nacional e ao contrário de inferiorizar a descoberta como única ratifica o objetivo da presente análise das atitudes ilícitas derivadas da comunicação entre os supostos opostos fundadas na comunicação cultural entre oficiais e marginais, formulando práticas que se tornam notícias em tempos, mas que marcam a história das prisões e sua reprodução maciça no período contemporâneo sob o ideal político impositor que diferente do discurso e fundamentalmente prático lucra tanto com a instituição discursiva em torno da ordem quanto com sua inversão.
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