Avaliação da reparação da musculatura abdominal de coelhos com o implante de cartilagem auricular suína.

• Autor(a) principal: OLIVEIRA JÚNIOR, Antonio Gonçalves de.
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24071
• topic: Coelhos - musculatura abdominal; Rabbits - abdominal muscles; Musculatura abdominal de coelhos; Rabbit abdominal muscles; Implante de cartilagem auricular suína; Porcine auricular cartilage implant; Cartilagem auricular suína - implante; Porcine auricular cartilage - implant; Biomateriais orgânicos; Organic biomaterials; Regeneração muscular; Muscle regeneration; Leporino; Leporino; Cirurgia em coelhos; Surgery on rabbits; Implante de bioprótese; Bioprosthesis implant; Cicatrização tecidual; Tissue healing; Medicina Veterinária

Os cirurgiões de todas as áreas médicas vêm sendo desafiados na busca de uma técnica cirúrgica adequada para reparação de defeitos em musculatura ou órgãos que foram danificados e, para isso, viram-se as vantagens de usar os biomateriais orgânicos, em vista de seu poder de atenuar a resistência à tração e atuar por um período longo, mantendo a assepsia do material, sendo ainda de baixo custo e de fácil manuseio. Dentre o vasto número de tecidos biológicos que podem ser usados como biomaterial orgânico, temos a cartilagem auricular suína, que é desprovida de vascularização e apresenta baixa celularidade e toxicidade, sendo dessa forma resistente às infecções, restabelecedora de tecidos patologicamente afetados e passível de moldagem de acordo com o local de aplicação. O escopo deste trabalho é avaliar clínica e histologicamente o reparo da musculatura de coelhos com implantação de cartilagem auricular suína conservada em glicerina. Para isso foram utilizados 18 coelhos, nos quais foram criadas cirurgicamente duas feridas na musculatura abdominal. Em uma das feridas realizou-se apenas a miorrafia (Grupo controle – GCo) e na outra ferida além da miorrafia implantou-se, sobre esta, um implante de cartilagem auricular suína conservada em glicerina (Grupo cartilagem – GCa). Os animais foram distribuídos em três momentos de avaliação: três, sete e onze dias pós-operatórios, contendo seis animais em cada. As análises clínica e histopatológica, revelaram aderência de omento com a musculatura principalmente na região da sutura, sem sinais de reação ou falhas entre ambas, tecido de cicatrização sobre a cartilagem auricular suína em todos os momentos de avaliação. Os resultados histopatológicos confirmaram a incorporação da prótese biológica ao leito receptor, sem evidência de complicações, apresentando nos dois grupos reação inflamatória, mais intensa no GCa. Conclui-se que a cartilagem auricular suína pode ser utilizada no reparo da musculatura e não causa reações adversas.