Análise da adesão ao autocuidado em portadores de diabetes mellitus pertencentes a uma UBS do município de Cuité-PB.

• Autor(a) principal: SILVA, Luma de Sousa.
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7089
• topic: Doença crônica; Portadores; Tratamento; Autogestão; Educação em Saúde; Chronic disease; Carriers; Treatment; Self-management; Health education; Enfermedad crónica; Educación para la salud; Saúde Coletiva

Diabetes mellitus é considerada uma doença crônica não transmissível e de etiologia multifatorial. As complicações advindas da doença, na maioria dos casos, estão associadas a não adesão ao tratamento ou ao cumprimento deficiente dos cuidados exigidos por diabetes. O objetivo desse estudo foi avaliar a adesão às práticas de autocuidado em portadores de diabetes mellitus, pertencentes a uma UBS do município de Cuité-PB. Foram aplicados dois questionários: O primeiro contendo questionamentos sobre informações pessoais dos participantes, relação entre alimentação e diabetes e o incentivo para cumprir o tratamento. Já para avaliar as práticas de autocuidado, foi aplicado um questionário de atividades de autocuidado com diabetes (QAD), o qual foi adaptado para esta pesquisa, analisando a frequência de autocuidado nos últimos sete dias. Em relação à associação entre alimentação e diabetes, observou-se que 58% dos entrevistados relataram não sentir dúvidas a respeito do que se alimentar para controlar a doença; já 68% afirmaram vivenciar restrições alimentares de menor a maior significância, devido à doença. Um total de 56% responderam que gostavam bastantes dos alimentos consumidos diariamente e 54% alegaram que a alimentação mudou bastante desde o diagnóstico da doença; já 56% dos portadores, afirmaram realizar menos refeições após o diagnóstico de diabetes. Dos entrevistados, 40% relataram não ter procurado orientações sobre alimentação com profissionais de saúde e 58% responderam que acham a alimentação muito relevante para tratar a doença. No que diz respeito ao cumprimento do tratamento, 50% responderam que não tinham dificuldade em cumprir e 60% afirmaram ser bastante incentivados pela família para executar a terapia. Já 40% dos participantes relataram não receber nenhum incentivo para o tratamento por parte da equipe de saúde e 74% afirmou ter algum interesse de menor a maior relevância em compreender melhor a doença. Com relação aos resultados encontrados no QAD, observou-se que 66% responderam seguir uma dieta saudável nos últimos sete dias; porém, 68% das pessoas relataram não seguir um plano alimentar recomendado por um profissional de saúde. Também foi visto que 58% dos participantes não realizaram atividade física nos últimos sete dias e 58% não avaliaram a glicemia no período questionado, sendo que 80% responderam não monitorar a glicemia o número de vezes recomendado por um profissional de saúde. Já com relação ao cuidado com os pés, a maioria respondeu ter examinado e higienizado os pés nos últimos sete dias, apresentando, respectivamente, 64% e 62% de adesão. Por fim, o maior índice de adesão encontrado foi em relação à medicação, com percentuais de 86% para medicação oral e 80% para uso de insulina no período de referência. É de suma importância que os portadores de diabetes e seus familiares sejam esclarecidos sobre a relevância de todas as práticas de autocuidado em diabetes, não apenas da terapia medicamentosa, mas sim, o conjunto de todas as ações terapêuticas enfatizadas, a fim de controlar a doença e melhorar a qualidade de vida dos diabéticos.