As alegorias do poder e o direito à memória: a apropriação simbólica do espaço livre público em Campina Grande - PB.

• Autor(a) principal: ALMEIDA , Amanda Luiza Freire de.
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/23476
• topic: Direito à memória; Espaço livre público; Apropriação de espaço público; Campina Grande - PB - direito à memória; Direito à cidade; Espaço urbano; Equipamentos urbanos; Memória coletiva - cidades; Apropriação simbólica; Homenageados em obras públicas; Projetos de lei - nome de obras públicas; Análise do discurso; Política de denominação - espaços públicos; Monumentos públicos - Campina Grande - PB; Right to memory; Public free space; Appropriation of public space; Campina Grande - PB - right to memory; Right to the city; Urban space; Urban equipment; Collective memory - cities; Symbolic appropriation; Honored in public works; Bills - name of public works; Speech analysis; Naming policy - public spaces; Public monuments - Campina Grande - PB; Engenharia Civil

Fundamentar o direito à memória como eixo do direito à cidade revela a necessidade de pensar o urbano como espaço politicamente produzido. Assim, os equipamentos urbanos são vetores de narrativas históricas cuja memória é produzida enquanto um fenômeno disputado socialmente. Desse modo, ressaltase a necessidade de favorecer a memória coletiva e diversa no processo de democratização das cidades. A eminente apropriação simbólica do espaço livre público mediante a política de denominação de praças, parques e monumentos passa a ser objeto de investigação, notandose que existe um interesse estratégico, dos grupos políticos locais, de instituir uma memória que homenageia expolíticos da cidade de Campina Grande, ou ainda de outros Estados. Essa pesquisa contou com a investigação de 33 (trinta e três) Projetos de Lei que justificam a escolha dos homenageados em praças, parques e monumentos de Campina Grande, a partir do método da análise do discurso. Contouse também com a pesquisa de campo, com o registro fotográfico de espaços livres públicos, e a aplicação de questionário por meio online à população, com o intuito de avaliar se os usuários desses espaços se apropriam e reconhecem as denominações oficiais designadas pela Câmara Municipal de Campina Grande. Como resultado, a pesquisa revelou uma política de denominação que prioriza uma memória familiar, elitista, patrimonialista e masculina. Além disso, a aplicação do questionário sinalizou a existência de denominações populares que subvertem a ordem instituída pelo Estado e ressignificam a memória, levandoa ao encontro das identidades coletivas e do imaginário comum.