Quarto de despejo: Gênero, raça e classe no Brasil a partir da escrita de Carolina Maria de Jesus (anos 1950).

• Autor(a) principal: ARRUDA, Vitória Brenda da Silva.
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35453
• topic: Carolina de Jesus - Biografia; Escritora afro-brasileira; Quarto de Despejo; Produção literária- Carolina de Jesus; Interseccionalidade; Carolina de Jesus – Biography; Afro-Brazilian writer; Dump Room; Literary production - Carolina de Jesus; Intersectionality; História.

Carolina Maria de Jesus foi uma escritora afro-brasileira que nasceu no ano de 1914, na cidade de Sacramento, Minas Gerais. Ela escreveu romances, prosas, músicas e provérbios, mas ficou conhecida por seus diários. O seu livro de maior destaque foi Quarto de Despejo - diário de uma favelada, publicado no ano de 1960, tendo sido bem aceito pela crítica literária e vendendo milhões de exemplares. Este trabalho tem como objetivo analisar como a história de vida da escritora Carolina de Jesus foi atravessada pelos marcadores sociais de gênero, raça e classe, problematizando como esses três elementos ajudam a compreender a trajetória intelectual de uma mulher negra e pobre que viveu no Brasil nos anos de 1950. Como fontes de pesquisa utilizamos as suas produções literárias, em especial os livros Quarto de Despejo (1960) e Diário de Bitita (1986), nos quais a escritora narrou seus dias na favela, contando alguns dias de sua infância à vida adulta. Metodologicamente, esses livros foram analisados a partir das propostas de Leandro dos Santos Fernandes (2015) acerca dos usos das fontes literárias. Em termos teóricos, foram utilizados os conceitos de memória coletiva, de Maurice Halbwachs (1990); memória, de Michael Pollak (1992); gênero, de Joana Maria Pedro (2005); e, principalmente; o conceito de interseccionalidade, de Bilge (2014) e Ochy Curiel (2005).