Experiências e vivências das pessoas transgênero acerca do acolhimento na Atenção Básica.

• Autor(a) principal: SILVA, Raquel de Jesus Rocha da.
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/19327
• topic: Atenção primária à saúde; Pessoas transgênero; Acolhimento; Atenção básica; Primary health care; transgender people; host; primary care; Enfermagem.

A Atenção Básica é considerada como importante ferramenta no processo de cuidado oferecido pela Rede de Atenção à Saúde no Brasil, sendo responsável dessa forma, pela representação da porta de entrada para diversos tipos de atendimento e prestação de serviços. Visto isso, o acolhimento, que faz parte do processo de cuidar, mostra-se como peça fundamental durante o atendimento prestado a comunidade, incluindo toda população transgênero que busca por algum tipo de assistência. Dessa forma, objetivou-se de maneira geral neste estudo, identificar os as experiências e vivências das pessoas transgênero acerca do acolhimento na Atenção Básica. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, mediada pela pesquisa-ação. O estudo foi realizado com oito participantes, de maneira remota, por meio do sistema de videoconferência do Google Meet, devido a pandemia do COVID-19, sendo intermediado pelo Conselho Municipal LGBTQIA+ de Cajazeiras – Paraíba. Para a coleta de dados, durante a realização do diagnóstico situacional foi aplicado um questionário para identificação das experiências e vivências das pessoas transgênero acerca do acolhimento na Atenção Básica, posteriormente foram realizadas intervenções educativas frente ao diagnóstico situacional, utilizando um segundo questionário para avaliação do conhecimento adquirido pelos participantes a partir das ações realizadas. Foi utilizado para análise do material encontrado o Discurso do Sujeito Coletivo. O estudo respeitou os preceitos éticos dispostos na Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Campina Grande/Centro de Formação de Professores sob parecer nº 4.216.477. Observou-se a existência de sentimentos envolvendo constrangimento e desconforto expressados pelos participantes, além de experiências envolvendo episódios de transfobia e despreparo dos profissionais durante o acolhimento e atendimento oferecido pela Atenção Básica. Portanto, por meio dos resultados obtidos após a realização das intervenções foi possível identificar que as ações educativas conseguiram atingir os objetivos propostos, visto que as participantes relataram um acréscimo no conhecimento sobre a temática, permitindo a construção de novos saberes.