“O caminho da felicidade ainda existe. É uma trilha estreita em meio à selva triste”. Uma narrativa autobiográfica de encontros com o RAP na periferia.

• Autor(a) principal: SILVA, DIEGO GOMES DA
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/31320
• topic: Resistência, desigualdade social, violência, perseverança, Resistance, social inequality, violence, perseverance.

O objetivo deste trabalho é discutir algumas das questões de violência e desigualdade a qual são submetidas as populações periféricas. A partir de uma narrativa autobiográfica, amparada pelas discussões da psicologia comunitária e uma postura paulofreiriana. A motivação para desenvolver o presente trabalho, surgiu a partir do meu lugar de fala e das vivências experienciadas por mim, no meu contexto de vida, foi uma escolha que possibilitou aproximar os temas aqui tratados da psicologia, a partir de um trabalho acadêmico que não apresenta separações formais entre quem estuda e o campo que estuda, apostando em uma psicologia que pode efetivamente contribuir para o desenvolvimento das periferias. O presente trabalho tem ainda como efeito importante a quebra de grilhões da escravidão que bloquearam a minha vida e de toda a minha família, impossibilitando a outros uma formação superior, nos impedindo de acreditar que fosse possível realizar algo que historicamente nos foi, e ainda tem sido, negado e dificultado. Como em uma letra de rap, os tópicos do TCC narram situações vividas e articulações possíveis a partir dos pressupostos teóricos e metodológicos escolhidos. Através do presente trabalho, não só serei o primeiro da família GOMES a concluir um curso superior, marcando com muito orgulho uma nova fase da nossa história familiar, mas também deixo um legado ao curso de psicologia da Universidade Federal de Campina Grande e uma inspiração aos futuros e presentes psicólogos que, como eu, podem recontar sua própria história a partir de uma reflexão que a academia tem condições de promover.