Da rosa ao espinho: a constituição do sujeito-mulher em As Brumas de Avalon.

• Autor(a) principal: NÓBREGA, Rafaela do Nascimento.
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28666
• topic: Marion Zimmer Bradley - crítica e interpretação; Saga As Brumas de Avalon; Análise do discurso; Discurso - mecanismo de controle; Discurso e memória; Identidade; Sujeito-mulher; Relações de poder; Vontades de verdade; Foucault - análise do discurso; Mulheres de Avalon - ordem do discurso; Sujeito feminino; Era medieval e as mulheres; Patriarcado; Marion Zimmer Bradley - critique and performance; The Mists of Avalon Saga; Speech analysis; Speech - control mechanism; Speech and memory; Identity; Woman-subject; Power relations; Real wishes; Foucault - discourse analysis; Women of Avalon - Order of Speech; Female subject; Medieval times and women; Patriarchy; Linguística Literatura

Configuramos nossa pesquisa como uma proposta de leitura discursiva da saga As Brumas de Avalon, da autora norte-americana Marion Zimmer Bradley, composta por quatro livros, dos quais utilizamos o volume I e II. Escolhemos essa abordagem discursiva pelo fato de a Análise do Discurso nos fornecer a possibilidade de um estudo do texto integrado ao seu caráter sócio histórico e ideológico, ao seu lugar de guardião de memórias. O objetivo central de nosso trabalho é investigar nos fios do texto a constituição do sujeito-mulher através dos conceitos basilares da obra de Foucault, fundamentando nossa análise nas concepções de discurso e dos seus mecanismos de controle, dos regimes, jogos e vontades de verdade e das relações de poder. Analisaremos, primordialmente, a tríade feminina de maior importância na obra, composta por Morgana, Viviane e Guinevere. Utilizaremos como aporte teórico, além de Foucault, demais autores cuja preocupação se volta para os estudos sobre sujeito, discurso e identidades, tais como Veyne (2011), Bauman (2005), Indursky (1998), Macedo (2014), Rodrigues (2016), Louro (1997), Hall (2002), Magalhães (2011), Baccega (2013), Orlandi (2002), Possenti (2002); (2004), dentre outros. Apesar do (des)lugar da mulher perante a ordem social denunciado através da obra escolhida para nossa análise, acreditamos que a subversão do sujeito feminino é a semente de uma nova era, na qual a mulher conquistará um lugar de equidade perante a sociedade.