Gravidez na adolescência: um desafio para a saúde pública.

• Autor(a) principal: SOARES, Mayara das Chagas.
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/19322
• topic: Enfermagem.; Gravidez na adolescência; Atenção integral; Complicações na gravides; Gestação; Saúde pública; Teenage pregnancy; Full attention; Pregnancy complications; Gestation; Public health

A adolescência é marcada por diversas mudanças fisiológicas, psicológicas e sociais do indivíduo. Nesta fase há o início das relações afetivas que muitas vezes tem como consequência a gestação, sendo essa um problema de saúde pública desde a década de 1990 visto um aumento desse índice. Objetivou-se analisar a problemática da gravidez na adolescência no contexto brasileiro. Trata-se de um estudo do tipo ecológico, exploratório, descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa dos dados. O estudo foi realizado por meio dos dados do Sistema de Informação de Nascidos Vivos e Sistema de Informações Hospitalares, avaliando os partos de grupos de idade menor de 10 anos, 10 a 14 anos e 15 a 19 anos entre os anos 2008 a 2018. Em seguida foi criado gráficos e tabelas para a análise e apresentação dos dados sendo comparadas com a literatura disponível. O estudo utilizou dados secundários de acesso público, portanto os preceitos éticos estabelecidos pela Resolução nº 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde que permite a coleta de informações nas bases de dados de domínio público foi respeitado. Observou-se que 18,5% das gravidezes nos anos analisados correspondem a mães adolescentes e há um predomínio de gestações nas idades de 15 a 19 anos, instrução de 8 a 11 anos, representando o ensino fundamental, meninas solteiras e de cor/raça parda. O perfil da gravídico-puerperal evidenciado foi uma gestação a termo, única, parto vaginal, com 7 ou mais consultas pré-natais e sem anomalias congênitas. O perfil do RN mostrado com apgar no primeiro e quinto minuto acima de 8 pontos e com peso acima de 3000g. Portanto, de acordo com os resultados percebe-se a necessidade de um olhar diferente para essa categoria, tanto pelos gestores quanto pelos profissionais, visto que há uma resistência por parte das meninas para a realização do pré-natal devido ao medo, vergonha, constrangimento e as vezes até insultos pelos profissionais.