Estudo de infecção por Babesia Bigemina em bovino de corte e em carrapato

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Márcia Cristina de Sena.
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: OLIVEIRA, Henrique Nunes de., REGITANO, Luciana Correia de Almeida., ALENCAR, Mauricio Mello de., NÉO, Thalita Athiê., SILVA, Ana Mary da.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36136
Resumo: A infecção por Babesia bigemina foi estudada em bovinos de corte de quatro grupos genéticos e em fêmeas do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Amostras de sangue dos bovinos e das fêmeas ingurgitadas de carrapatos foram colhidas de 15 vacas e de 15 bezerros de cada um dos seguintes grupos genéticos: Nelore (NE), ½ Angus + ½ Nelore (AN), ½ Canchim + ½ Nelore (CN), e ½ Simental + ½ Nelore (SN). Exames microscópicos dos esfregaços de sangue revelaram que merozoítas de B. bigemina (6/60 - 10%) foram detectados somente em amostras colhidas em bezerros e, do mesmo modo, esporocinetos de Babesia spp. (9/549 - 1,6%) foram detectados apenas em amostras de hemolinfa de carrapatos que se ingurgitaram nesses animais. Métodos baseados na reação em cadeia da polimerase (PCR) foram utilizados para amplificar especificamente o DNA de B. bigemina. Os resultados mostraram 100% de infecção por esse protozoário em bezerros e em vacas, independentemente do grupo genético. Infecção nos carrapatos foi detectada por nested PCR (nPCR) e pôde-se verificar novamente que a freqüência de B. bigemina foi maior (P < 0,01) em fêmeas de carrapatos colhidas dos bezerros (134/549 - 24,4%) do que naquelas colhidas de vacas (52/553 - 9,4%). A freqüência de B. bigemina foi similar nos carrapatos colhidos dos animais dos quatro grupos genéticos (P > 0,05). A taxa de eclosão das larvas foi significativamente inferior (P < 0,01) naquelas oriundas de teleóginas com reação positiva para B. bigemina (53,5%) do que naquelas com reação negativa (65,9%). Não houve diferença na taxa de eclosão das larvas oriundas de fêmeas colhidas nos quatro grupos genéticos.
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