Ganho ponderal, adiposidade, perfil lipídico e glicêmico na gestação em cidade do Nordeste do Brasil: estudo de coorte.

• Autor(a) principal: MARTINS, Felipe Dias.
• Data de Publicação: 2016
• Outros Autores: GUEDES, Natália de Carvalho.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30614
• topic: Estudo de coorte prospectivo observacional; Gestantes; Adiposidade materna; Ganho ponderal - gestantes; Perfil lipídico e glicêmico - gestação; Obesidade; Ultrassonografia; Observational prospective cohort study; Pregnant women; Maternal adiposity; Weight gain - pregnant women; Lipid and glycemic profile - pregnancy; Obesity; Ultrasound; Medicina.

Avaliar, no período gestacional e pós-parto, o ganho ponderal, a adiposidade, o perfil lipídico e o glicêmico e suas correlações. Métodos: estudo de coorte prospectivo, observacional, entre junho de 2013 e setembro de 2015, a partir de amostra de conveniência de 187 gestantes, iniciado no primeiro trimestre gestacional e encerrado no pós-parto imediato. Foram avaliadas variáveis maternas sociodemográficas, antropométricas, ultrassonográficas e laboratoriais. Análise Estatística: foi realizada nos programas Epi-Info 7.1.5 e Medcalc versão 16.4.2, calculando-se medidas de tendência central e de dispersão para ganho ponderal materno, adiposidade visceral e subcutânea materna, perfil lipídico e glicêmico. Utilizou-se o teste t de Student comparando-se as variáveis estudadas em dois momentos (primeiro trimestre e pós-parto imediato). Ao final, foi realizada uma análise de regressão linear múltipla para identificar as variáveis correlacionadas ao acúmulo de adiposidade visceral e subcutânea no primeiro trimestre e pós-parto. Resultados: na classificação nutricional verificou-se prevalência de 38,6% com sobrepeso ou obesidade antes da gestação, já no período pós-gestacional, foram 41% com sobrepeso ou obesidade. Quando se comparou o IMC e o peso nos dois momentos, observou-se diferença estatisticamente significante (p<0,001). A média de adiposidade visceral no primeiro trimestre foi de 5,24 ± 1,3cm e de 5,64 ± 1,6cm no período pós-gestacional (p = 0,005). A gordura subcutânea no primeiro trimestre e período pós-gestacional teve médias 2,32 ± 0,84 e 2,52 ± 0,91 nos dois períodos, respectivamente (p = 0,03). Após análise de regressão linear múltipla, apenas o nível de insulina de jejum (p=0,004) persistiu positivamente correlacionado à adiposidade visceral no início da gestação. Em relação à adiposidade subcutânea, nesse mesmo período, permaneceram positivamente correlacionados os níveis de insulina de jejum (p<0,0001) e triglicerídeos (p=0,02). No pós-parto imediato permaneceram correlacionados, à adiposidade visceral os níveis de colesterol total (p=0,01), LDL (p=0,01) e insulina (p=0,01) avaliados no início da gestação e a hemoglobina glicada dosada no pós-parto (p=0,03). Para a adiposidade subcutânea, foi mantida correlação com os níveis de colesterol total (p=0,04), HDL (p=0,02) e triglicerídeos (p=0,0006) analisados na primeira visita. Conclusão: Foram observados elevados índices de sobrepeso/obesidade no primeiro encontro e pós parto imediato. Durante a gestação houve ganho ponderal excessivo, aumento dos níveis lipídicos e acúmulo de tecido adiposo visceral e subcutâneo de forma significativa. Houve correlação positiva entre a adiposidade materna visceral e subcutânea no primeiro encontro e no pós parto com variável glicêmica no pós parto e variáveis lipídicas no primeiro encontro.