Avaliação de um sistema de dessalinização via osmose inversa com uso de energia solar fotovoltaica.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MARACAJÁ, José Moacy de Oliveira.
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25601
Resumo: O trabalho apresenta os resultados obtidos a partir de um sistema de produção de água potável a partir do processo de dessalinização via osmose inversa e o uso de painéis fotovoltaicos como fonte energética. Analisando a radiação solar para a cidade de Campina Grande, com base em dados fornecidos pelo Atlas Solarimétrico, a Sundata e o Radiasol, uma grande semelhança em seus valores é obtida, o que nos transmite confiabilidade nestes resultados e permite verificar que a região apresenta um alto índice de irradiação solar. Com estes dados, o ano pode ser dividido em dois períodos: verão e inverno. O primeiro período iria de setembro à abril com uma insolação mínima de 7 h por dia e o segundo de maio à agosto com um valor mínimo de 4h de sol por dia. A grande demanda de sol durante o verão nos permite dessalinizar uma quantidade considerável de água, já no inverno como a insolação diminui, a necessidade de água potável pode ser suprida captando água da chuva. O consumo energético de um dessalinizador foi avaliado utilizando o software ROSA 6.1 com uma água de alimentação de concentração variando entre 1.000 e 3.500 mg/L. Com recuperação de 15% e usando-se 1 membrana; obtendo 0,3 m 3 /h de permeado são gastos 2,73 kWh/m3 de energia e com 2 membranas obtém-se uma vazão dupla gastando 2,81 k Wh/m3 . Já com uma recuperação de 30% este mesmo processo pode ser realizado com uma redução no consumo de energia de 1,45 kWh/m3 (0,3 m 3 Ih) para 1,44 kWh/m3 na obtenção de 0,6 m 3 /h de permeado. Portanto, este último seria o ideal, pois uma maior quantidade de água potável é obtida com um menor gasto de energia. O dessalinizador solar testado mostrou que, com uma concentração de 3.500 mg/L e uma pressão de 8 kgf/cm2 , ele produz 0,252 m3 /h com uma recuperação de 40%. Pra isso o sistema necessita de uma potência de 370 W e tem um consumo de energia médio de 1,5 kWh/m3 . O número de painéis fotovoltaicos utilizados é grande demais em relação à potência consumida pelo motor DC devido à ausência de um sistema "MPP Tracking", que não é uma das funções do circuito eletrônico. A simulação feita para obtenção do permeado e o gasto de energia, quanto maior a quantidade de permeado obtido maior o número de pessoas atendidas. Quando comparamos os resultados do simulador com os do dessalinizador, percebemos um aumento nos valores práticos.
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spelling Avaliação de um sistema de dessalinização via osmose inversa com uso de energia solar fotovoltaica.Evaluation of a desalination system via reverse osmosis using photovoltaic solar energy.Osmose InversaDessalinizaçãoEnergia Solar FotovoltaicaReverse osmosisDesalinationPhotovoltaic Solar EnergyEngenharia QuímicaO trabalho apresenta os resultados obtidos a partir de um sistema de produção de água potável a partir do processo de dessalinização via osmose inversa e o uso de painéis fotovoltaicos como fonte energética. Analisando a radiação solar para a cidade de Campina Grande, com base em dados fornecidos pelo Atlas Solarimétrico, a Sundata e o Radiasol, uma grande semelhança em seus valores é obtida, o que nos transmite confiabilidade nestes resultados e permite verificar que a região apresenta um alto índice de irradiação solar. Com estes dados, o ano pode ser dividido em dois períodos: verão e inverno. O primeiro período iria de setembro à abril com uma insolação mínima de 7 h por dia e o segundo de maio à agosto com um valor mínimo de 4h de sol por dia. A grande demanda de sol durante o verão nos permite dessalinizar uma quantidade considerável de água, já no inverno como a insolação diminui, a necessidade de água potável pode ser suprida captando água da chuva. O consumo energético de um dessalinizador foi avaliado utilizando o software ROSA 6.1 com uma água de alimentação de concentração variando entre 1.000 e 3.500 mg/L. Com recuperação de 15% e usando-se 1 membrana; obtendo 0,3 m 3 /h de permeado são gastos 2,73 kWh/m3 de energia e com 2 membranas obtém-se uma vazão dupla gastando 2,81 k Wh/m3 . Já com uma recuperação de 30% este mesmo processo pode ser realizado com uma redução no consumo de energia de 1,45 kWh/m3 (0,3 m 3 Ih) para 1,44 kWh/m3 na obtenção de 0,6 m 3 /h de permeado. Portanto, este último seria o ideal, pois uma maior quantidade de água potável é obtida com um menor gasto de energia. O dessalinizador solar testado mostrou que, com uma concentração de 3.500 mg/L e uma pressão de 8 kgf/cm2 , ele produz 0,252 m3 /h com uma recuperação de 40%. Pra isso o sistema necessita de uma potência de 370 W e tem um consumo de energia médio de 1,5 kWh/m3 . O número de painéis fotovoltaicos utilizados é grande demais em relação à potência consumida pelo motor DC devido à ausência de um sistema "MPP Tracking", que não é uma das funções do circuito eletrônico. A simulação feita para obtenção do permeado e o gasto de energia, quanto maior a quantidade de permeado obtido maior o número de pessoas atendidas. Quando comparamos os resultados do simulador com os do dessalinizador, percebemos um aumento nos valores práticos.The work presents the results obtained from a water production system potable from the desalination process via reverse osmosis and the use of photovoltaics as an energy source. Analyzing solar radiation for the city of Campina Grande, based on data provided by the Solarimetric Atlas, Sundata and Radiasol, a great similarity in their values ​​is obtained, which gives us reliability in these results and allows verifying that the region has a high rate of solar irradiation. With these data, the year can be divided into two periods: summer and winter. The first period would from September to April with a minimum of 7 hours of sunshine per day and the second from May to August with a minimum value of 4 hours of sun per day. The great demand for sun during the summer in allows you to desalinate a considerable amount of water, already in winter as insolation decreases, the need for potable water can be met by harvesting rainwater. the consumption energy of a desalinator was evaluated using the ROSA 6.1 software with a water of concentration feed varying between 1,000 and 3,500 mg/L. With recovery of 15% and using 1 membrane; getting 0.3 m 3 /h of permeate, 2.73 kWh/m3 of energy are used and with 2 membranes a double flow rate is obtained using 2.81 kWh/m3 . already with a recovery of 30% this same process can be carried out with a reduction in the energy consumption of 1.45 kWh/m3 (0.3 m 3 Ih) to 1.44 kWh/m3 in obtaining 0.6 m 3 /h of permeate. Therefore, the latter would be ideal, since a greater amount of potable water is obtained with a smaller energy expenditure. The tested solar desalinator showed that with a concentration of 3,500 mg/L and a pressure of 8 kgf/cm2 , it produces 0.252 m3 /h with a recovery of 40%. For Therefore, the system needs a power of 370 W and has an average energy consumption of 1.5 kWh/m3 . The number of photovoltaic panels used is too large in relation to the power consumed by the DC motor due to the absence of an "MPP Tracking" system, which is not a electronic circuit functions. The simulation performed to obtain the permeate and the cost of energy, the greater the amount of permeate obtained, the greater the number of people served. When comparing the results of the simulator with those of the desalinator, we noticed a increase in practical values.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Ciências e Tecnologia - CCTPÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICAUFCGLABORDE, Hervé Michel.http://lattes.cnpq.br/4586255595693837http://lattes.cnpq.br/4586255595693837FRANÇA, Kepler Borges.FRANÇA, K. B.FRANÇA, KEPLER BORGESFrança, Kepler Borgeshttp://lattes.cnpq.br/3620576114544758LIRA, Hélio Lucena.LIRA, Helio de LucenaLIRA, HLira, Hélio L.http://lattes.cnpq.br/5548799845411781VASCONCELOS, Luis Gonzaga.VASCONCELOS, L. G. S.Vasconcelos, Luís Gonzaga SalesVASCONCELOS, Lhttp://lattes.cnpq.br/9456860386065509MARACAJÁ, José Moacy de Oliveira.2007-12-212022-06-09T19:17:22Z2008-06-092022-06-09T19:17:22Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25601MARACAJÀ, José Moacy de Oliveira. Avaliação de um sistema de dessalinização via osmose inversa com uso de energia solar fotovoltaica. 2008. 107f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) – Programa de Pós-graduação em Engenharia Química, Centro de Ciências e Tecnologia, Campina Grande, Paraíba, Brasil, 2007. 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