Avaliação da microbiota bacteriana vaginal e uterina e sua relação com o ciclo estral em fêmeas equinas.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24204 |
Resumo: | Durante a monta natural ou Inseminação Artificial (IA), algumas bactérias da microbiota vaginal normal podem ser transferidas para o interior do útero, podendo ser esta a causa principal de infecções uterinas que têm sido reconhecidas como a principal causa de baixa fertilidade em éguas. Com o presente trabalho objetivou-se avaliar a microbiota colonizadora do trato reprodutivo de éguas nas diferentes fases do ciclo estral, determinando as bactérias presentes na vagina e útero. Foram utilizadas 20 éguas e foram realizadas duas coletas de amostra de conteúdo vaginal e uterino por meio da utilização de swab. Posteriormente, foi realizada uma cultura microbiológica para identificação do tipo de bactéria presente. Os resultados obtidos indicaram que em 43% dos animais que estavam em estro, houve a presença de Escherichia coli no útero. Houve também a predominância de Escherichia coli em 60% fêmeas que estavam em diestro. Já em 40% fêmeas que estavam em proestro, constatou-se a presença de Aeromonas hidrophyla. Por sua vez, das fêmeas que estavam em anestro, o Staphylococcus sp, ocorreu em 40% dos casos. Nas amostras de conteúdo vaginal, em 43% das fêmeas que estavam em estro houve a presença de Escherichia coli na vagina. O mesmo microrganismo também predominou em 50% fêmeas que estavam em diestro. Já das cinco fêmeas que estavam em proestro, constatou-se a presença de Klebsiella pneumoniae em 33% destas, enquanto que a Klebsiella pneumoniae foi isolada em 40% das amostras das fêmeas em anestro. Foram encontradas bactérias patogênicas no útero e vagina de fêmeas em atividade reprodutiva. Pode-se concluir que, em alguns casos, microrganismos presentes no útero não foram isolados na vagina da mesma fêmea, indicando que a contaminação nem sempre ocorre de forma ascendente. Mais estudos com um número maior de fêmeas submetidas a diferentes tipos de manejo devem ser desenvolvidos a fim de aprofundar os conhecimentos acerca de como essa contaminação ocorre. |
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Avaliação da microbiota bacteriana vaginal e uterina e sua relação com o ciclo estral em fêmeas equinas.Evaluation of uterine and vaginal bacterial microbiota and its relationship with the estrous cycle in mares.Microbiota bacteriana vaginal - éguasMicrobiota bacteriana uterina - éguasCiclo estral - éguasÚtero - equinosVagina - éguasÉgua - ciclo estralÉgua - vagina e útero - microbiotaFisiologia reprodutiva - equinosLaboratório de Microbiologia Veterinária - CSTR UFCGHospital Veterinário - CSTR UFCGVaginal bacterial microbiota - maresUterine bacterial microbiota - maresEstrous cycle - maresUterus - horsesVagina - maresMare - estrous cycleMare - vagina and uterus - microbiotaReproductive physiology - horsesVeterinary Microbiology Laboratory - CSTR UFCGVeterinary Hospital - CSTR UFCGMedicina VeterináriaDurante a monta natural ou Inseminação Artificial (IA), algumas bactérias da microbiota vaginal normal podem ser transferidas para o interior do útero, podendo ser esta a causa principal de infecções uterinas que têm sido reconhecidas como a principal causa de baixa fertilidade em éguas. Com o presente trabalho objetivou-se avaliar a microbiota colonizadora do trato reprodutivo de éguas nas diferentes fases do ciclo estral, determinando as bactérias presentes na vagina e útero. Foram utilizadas 20 éguas e foram realizadas duas coletas de amostra de conteúdo vaginal e uterino por meio da utilização de swab. Posteriormente, foi realizada uma cultura microbiológica para identificação do tipo de bactéria presente. Os resultados obtidos indicaram que em 43% dos animais que estavam em estro, houve a presença de Escherichia coli no útero. Houve também a predominância de Escherichia coli em 60% fêmeas que estavam em diestro. Já em 40% fêmeas que estavam em proestro, constatou-se a presença de Aeromonas hidrophyla. Por sua vez, das fêmeas que estavam em anestro, o Staphylococcus sp, ocorreu em 40% dos casos. Nas amostras de conteúdo vaginal, em 43% das fêmeas que estavam em estro houve a presença de Escherichia coli na vagina. O mesmo microrganismo também predominou em 50% fêmeas que estavam em diestro. Já das cinco fêmeas que estavam em proestro, constatou-se a presença de Klebsiella pneumoniae em 33% destas, enquanto que a Klebsiella pneumoniae foi isolada em 40% das amostras das fêmeas em anestro. Foram encontradas bactérias patogênicas no útero e vagina de fêmeas em atividade reprodutiva. Pode-se concluir que, em alguns casos, microrganismos presentes no útero não foram isolados na vagina da mesma fêmea, indicando que a contaminação nem sempre ocorre de forma ascendente. Mais estudos com um número maior de fêmeas submetidas a diferentes tipos de manejo devem ser desenvolvidos a fim de aprofundar os conhecimentos acerca de como essa contaminação ocorre.During the natural mount or Artificial Insemination (AI), some vaginal microbiota bacteria can be transferred into the uterus. This may be the main reason of uterine infections that has been recognized as the main cause of low fertility in mares. The present work is aimed to evaluate the reproductive microbiota tract of mares in the different phases of estrous cycle, determining the microorganisms present in the vagina and uterus. During the study, 20 mares were used in which vaginal and uterine content samples were collected in duplicate with swabs. Microbiological culture assays were performed to identify the microorganism present. The results obtained indicated that 43% of the animals in estrus had Escherichia coli in the womb. There was also a prevalence of Escherichia coli in 60% of the mares in diestrus. The mares that were in proestrus, 40% had the presence of Aeromonas hidrophyla. In other hand for the animals that were in anestrus, Staphylococcus sp occurred in 40% of cases. In the vaginal contents samples of the mares in estrus, 43% had the presence of Escherichia coli. The same microorganism also prevailed in 50% of females in diestro. However, the five mares that were in proestrus, there was a presence of Klebsiella pneumoniae in 33% of them, whereas Klebsiella pneumoniae was isolated in 40% of the samples in anestrus mares. Pathogenic bacteria were found in the womb and in the vagina of mares that were in reproductive activity. It can be concluded that, in some cases, microrganisms present in the uterus were not isolated in the same mare vagina, indicating that the contamination does not occurs always ascendant. Further studies with a larger number of mares subjected to different types of management must be developed in order to deepen the knowledge of how this contamination occurs.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTRUFCGPENÃ-ALFARO, Carlos Enrique.http://lattes.cnpq.br/7945888590955916SOUZA, Norma Lúcia de Souza.http://lattes.cnpq.br/1510997396199151GARINO JUNIOR, Felício.http://lattes.cnpq.br/1668340601837069ARAÚJO, Ruhan Henrique Lima de.2017-062022-03-29T13:52:24Z2022-03-292022-03-29T13:52:24Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24204ARAÚJO, Ruhan Henrique Lima de. Avaliação da microbiota bacteriana vaginal e uterina e sua relação com o ciclo estral em fêmeas equinas. 2017. 29f. Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia), Curso de Bacharelado em Medicina Veterinária, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande - Patos - Paraíba - Brasil, 2017. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24204porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2022-03-29T13:54:03Zoai:localhost:riufcg/24204Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512022-03-29T13:54:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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