Prevalência do diabetes mellitus entre usuários do programa multidisciplinar de tratamento do tabagismo em Campina Grande - PB.

• Autor(a) principal: GOMES, Eduardo Moscoso
• Data de Publicação: 2017
• Outros Autores: D´ARAÚJO, Karen Campos.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30726
• topic: Diabetes Mellitus; Tabagismo; Saúde Pública; Smoking; Public health.; Medicina.

O tabagismo é um dos problemas mais relevantes de saúde pública no cenário atual, sendo responsável por aproximadamente 6 milhões de óbitos anuais no mundo. É bem conhecida a relação existente entre o consumo do tabaco e o desenvolvimento e agravamento de diversas patologias. Dentre estas, uma importante doença crônica, de alta prevalência, tem associação com o tabagismo de forma ainda pouco pesquisada: o Diabetes mellitus (DM). Objetivo: Observar a prevalência de DM entre tabagistas participantes do Programa Multidisciplinar de Tratamento do Tabagismo (PMTT), desenvolvido em Campina Grande-PB. Metodologia: Foi realizado um estudo de corte transversal, retrospectivo, quantitativo. Os dados foram obtidos através dos prontuários de usuários do PMTT, que o frequentaram no período de fevereiro de 2013 a dezembro de 2016 e organizados através de um questionário online, criado pelos pesquisadores. Para a análise estatística foi utilizado o ambiente computacional R (versâo 3.4.1), sendo adotado o nível de significância de 5% (α = 0,05) para aceitação de hipótese de nulidade, análise descritiva e estudo de Regressão Logística. Resultados: Foram analisados 589 prontuários de pacientes do PMTT. A maioria deles era do sexo feminino (66,55%) e tinha entre 9 a 12 anos de estudo formal (24,1%). A maior parte dos pacientes (15,35%) possuía uma renda individual mensal entre 501 a 750 reais por mês. Com relação à prevalência do Diabetes, 8,66% dos pacientes da amostra possuíam o diagnóstico prévio dessa doença. Ao nível de significância de 5%, rejeitou-se a hipótese nula, sendo comprovada estatisticamente uma maior prevalência de pacientes diabéticos na amostra de tabagistas (8,66%), do que o observado pela literatura na população geral brasileira (6,3%). Conclusão: A prevalência de Diabetes mellitus foi superior ao da população geral no Brasil, o que pode inserir o tabagismo nos fatores de risco para o desenvolvimento e/ou agravamento dessa patologia. Verificou-se, através de regressão logística, que mesmo em se considerando apenas os pacientes que não fazem dieta e não possuem hipertensão arterial, para cada ano a mais de tabagismo, a chance do indivíduo ter Diabetes aumenta em 3,7%. A cessação do tabagismo então pode vir a ser de fundamental importância para um controle glicêmico adequado e para que as complicações dessa doença sejam minimizadas.