Socorro: uma mulher, um pedido! Concepções acerca da naturalização da violência doméstica contra mulheres.

• Autor(a) principal: Gomes, Suelen Silva.
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36494
• topic: Violência doméstica; Naturalização da violência; Lei Maria da Penha; Estratégia de prevenção; Domestic violence; Naturalization of violence; Maria da Penha Law; Prevention strategy; Serviço Social

Este estudo se baseia em analisar a trajetória e também a naturalização da violência doméstica contra as mulheres, destacando sua evolução histórica e sua relação com as transformações sociais, culturais e econômicas. Além disso, enfatiza a importância da Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, como um marco significativo na elaboração de estratégias de prevenção da violência. Contudo, argumenta-se que os objetivos dessa lei só podem ser plenamente alcançados através de uma estratégia que vá à raiz do problema, ou seja, por meio da transformação da sociedade de classes, que se fundamenta em diversas formas de opressão para manter seu poder hegemônico. O objetivo é compreender a naturalização da violência sofrida por mulheres com particularidade no espaço doméstico, analisar suas formas de expressão e impactos na sociedade, bem como identificar as formas de naturalização a esse tipo de violência Este estudo adota uma metodologia de pesquisa qualitativa, fundamentada em uma extensa revisão bibliográfica. A análise incluiu artigos científicos, livros e dissertações previamente publicados sobre o tema dentro da literatura marxista feminista. Nessa esteira, para fins expositivos, destaca-se que este se dividiu em dois momentos, a saber: no primeiro momento, discute-se a perpetuação da violência no contexto do patriarcado, considerando-o uma estrutura fundamental na opressão das mulheres. Nesse instante, apontamos como a violência doméstica constitui uma das expressões da questão social no Brasil, relacionada ao atual modo de produção econômico que funda a nossa formação econômico-social, onde a imbricação ou “no” entre classe, gênero e raça sempre foi um mecanismo imprescindível utilizado pelo modo de produção capitalista-patriarcal brasileiro para manter a dominação e poder da classe burguesa. No segundo capítulo, explora-se a naturalização da violência, destacando a submissão imposta às mulheres e a violência velada presente na mídia, na cena política, nas músicas e nos jargões sociais. Por meio deste arcabouço teórico-metodológico, almejamos não apenas aprofundar o conhecimento sobre o tema, mas também fomentar práticas e políticas que favoreçam a construção de uma sociedade onde não exista nenhuma forma de violência e opressão, onde todas as mulheres possam ser verdadeiramente livres.