Efeito residual de Espinosinas sobre a sobrevivência e capacidade de voo de Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Rafael Pereira da.
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/32745
Resumo: A abelha Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae) é um polinizador imprescindível para obtenção de frutos em diversas culturas agrícolas, como por exemplo o meloeiro. Entretanto, o uso abusivo de pesticidas tem provocado declínio populacional de polinizadores em áreas agrícolas. Diante disso, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito dos inseticidas Espinosade e Espinetoram sobre A. mellifera, por meio do contato residual em folhas de meloeiro em função do tempo após a pulverização. O trabalho foi realizado no Laboratório de Entomologia da Unidade Acadêmica de Ciências Agrárias, pertencente ao Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar da Universidade Federal de Campina Grande, Pombal – PB. Para realização do trabalho foram utilizadas operárias adultas de A. mellifera provenientes de colônias pertencentes ao apiário localizado na própria instituição. O bioensaio foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 6 X 3, sendo duas doses do inseticida Espinosade (0,144 g i.a./L e 0,192 g i.a./L), duas doses do inseticida Espinetoram (0,06 g i.a./L e 0,08 g i.a./L), uma testemunha absoluta (água destilada), uma testemunha positiva (Tiametoxam) na dose máxima recomendada para controle de pragas em meloeiro (0,30 g i.a./L) e três tempos de exposição (1, 2 e 3 horas) após aplicação dos tratamentos, com 10 repetições, sendo cada unidade experimental formada por 10 abelhas adultas. Independente da dose e tempo de exposição após a pulverização, os inseticidas Espinetoram e Espinosade foram nocivos a A. mellifera, diferindo significativamente da testemunha absoluta e ocasionando mortalidade entre 61,1 e 100% na aplicação de Espinetoram e entre 74 e 97,1% em relação ao Espinosade. O tempo letal mediano (TL50 – horas) proporcionado pelos inseticidas Espinetoram e Espinosade, independente da dose e do tempo de exposição após a pulverização, foi muito inferior ao observado nas abelhas expostas a testemunha absoluta. Os TL50 proporcionados pelas Espinosinas avaliadas variaram entre 9,2 e 38,1 horas. Observou-se que 100% das abelhas não conseguiram voar após exposição aos tratamentos Espinetoram na dose 0,06 g i.a./L e nos tempos 1, 2 e 3 h após a pulverização, Espinetoram na dose 0,08 g i.a./L em 2 e 3 h após a pulverização, Espinosade na dose 0,144 g i.a./L nos três tempos de exposição e Espinosade na dose 0,192 g i.a./L no tempo de 1 h após a pulverização. Apenas quando se aplicou Espinosade na dose 0,192 g i.a./L e no tempos de 2 e 3 h após a pulverização, foram observadas abelhas conseguindo voar ou caminhar. Independentemente da dose avaliada e do tempo de exposição das abelhas após a pulverização nas folhas de meloeiro, os inseticidas Espinetoram e Espinosade foram nocivos a A. mellifera e prejudicaram a capacidade de voo das abelhas.
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O trabalho foi realizado no Laboratório de Entomologia da Unidade Acadêmica de Ciências Agrárias, pertencente ao Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar da Universidade Federal de Campina Grande, Pombal – PB. Para realização do trabalho foram utilizadas operárias adultas de A. mellifera provenientes de colônias pertencentes ao apiário localizado na própria instituição. O bioensaio foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 6 X 3, sendo duas doses do inseticida Espinosade (0,144 g i.a./L e 0,192 g i.a./L), duas doses do inseticida Espinetoram (0,06 g i.a./L e 0,08 g i.a./L), uma testemunha absoluta (água destilada), uma testemunha positiva (Tiametoxam) na dose máxima recomendada para controle de pragas em meloeiro (0,30 g i.a./L) e três tempos de exposição (1, 2 e 3 horas) após aplicação dos tratamentos, com 10 repetições, sendo cada unidade experimental formada por 10 abelhas adultas. Independente da dose e tempo de exposição após a pulverização, os inseticidas Espinetoram e Espinosade foram nocivos a A. mellifera, diferindo significativamente da testemunha absoluta e ocasionando mortalidade entre 61,1 e 100% na aplicação de Espinetoram e entre 74 e 97,1% em relação ao Espinosade. O tempo letal mediano (TL50 – horas) proporcionado pelos inseticidas Espinetoram e Espinosade, independente da dose e do tempo de exposição após a pulverização, foi muito inferior ao observado nas abelhas expostas a testemunha absoluta. Os TL50 proporcionados pelas Espinosinas avaliadas variaram entre 9,2 e 38,1 horas. Observou-se que 100% das abelhas não conseguiram voar após exposição aos tratamentos Espinetoram na dose 0,06 g i.a./L e nos tempos 1, 2 e 3 h após a pulverização, Espinetoram na dose 0,08 g i.a./L em 2 e 3 h após a pulverização, Espinosade na dose 0,144 g i.a./L nos três tempos de exposição e Espinosade na dose 0,192 g i.a./L no tempo de 1 h após a pulverização. Apenas quando se aplicou Espinosade na dose 0,192 g i.a./L e no tempos de 2 e 3 h após a pulverização, foram observadas abelhas conseguindo voar ou caminhar. Independentemente da dose avaliada e do tempo de exposição das abelhas após a pulverização nas folhas de meloeiro, os inseticidas Espinetoram e Espinosade foram nocivos a A. mellifera e prejudicaram a capacidade de voo das abelhas.The bee Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae) is an essential pollinator for obtaining fruits in several agricultural crops, such as melon. However, the abusive use of pesticides has caused a decline in the population of pollinators in agricultural areas. Therefore, the objective of this work was to evaluate the effect of the insecticides Spinosad and Spinetoram on A. mellifera, through residual contact on melon leaves as a function of time after spraying. The work was carried out at the Entomology Laboratory of the Academic Unit of Agricultural Sciences, belonging to the Center for Agro-Food Sciences and Technology of the Federal University of Campina Grande, Pombal – PB. To carry out the work, adult workers of A. mellifera from colonies belonging to the apiary located in the institution were used. The bioassay was carried out in a completely randomized design, in a 6 X 3 factorial scheme, with two doses of the insecticide Spinosad (0.144 g i.a./L and 0.192 g i.a./L), two doses of the insecticide Spinetoram (0.06 g i.a./L and 0.08 g i.a./L), an absolute control (distilled water), a positive control (Thiamethoxam) at the maximum recommended dose for pest control in melon (0.30 g i.a./L) and three exposure times (1, 2 and 3 hours) after applying the treatments, with 10 replications, each experimental unit consisting of 10 adult bees. Regardless of the dose and time of exposure after spraying, the insecticides Spinetoram and Spinosad were harmful to A. mellifera, differing significantly from the absolute control and causing mortality between 61.1 and 100% in the application of Spinetoram and between 74 and 97.1% in relation to Spinosad. The median lethal time (TL50 – hours) provided by the insecticides Spinetoram and Spinosad, regardless of dose and exposure time after spraying, was much lower than that observed in bees exposed to absolute control. The LT50 provided by the evaluated Spinosyns varied between 9.2 and 38.1 hours. It was observed that 100% of the bees were unable to fly after exposure to Spinetoram treatments at a dose of 0.06 g i.a./L and at times 1, 2 and 3 h after spraying, Spinetoram at a dose of 0.08 g i.a./L at 2 and 3 h after spraying, Spinosad at a dose of 0.144 g i.a./L at the three exposure times and Spinosad at a dose of 0.192 g i.a./L at a time of 1 h after spraying. Only when Espionosade was applied at a dose of 0.192 g i.a./L and 2 and 3 h after spraying, bees 9 were able to fly or walk. Regardless of the evaluated dose and the time of exposure of the bees after spraying the melon leaves, the insecticides Spinetoram and Spinosad were harmful to A. mellifera and impaired the flight capacity of the bees.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTAUFCGCOSTA, Ewerton Marinho da.COSTA, E. M.http://lattes.cnpq.br/1510724295028318ALMEIDA, Fernandes Antonio de.COSTAJacquelinne Alves de Medeiros Araújo.SILVA, Rafael Pereira da.2023-06-262023-11-09T18:05:45Z2023-11-092023-11-09T18:05:45Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/32745SILVA, Rafael Pereira da. Efeito residual de Espinosinas sobre a sobrevivência e capacidade de voo de Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae). 2023. 27 f. 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