"Identidade sem terra": um estudo sobre trajetórias de militantes assentados.
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1608 |
Resumo: | O MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, é marcado por certa complexidade, no que diz respeito às posições sociais que compõem a sua organização, bem como às trajetórias sociais dos militantes que o constituem. Discutimos nesta dissertação acerca dos "processos de identificação" da "identidade sem terra", partindo para tanto, de trajetórias sociais de oito militantes assentados no José Antônio Eufrosino: assentamento constituído legalmente em 2005, mas, cujo processo de ocupação se iniciou em 2001, localizado no semi-árido da Paraíba. Brasil. Chamamos de militantes assentados aqueles que, sendo assentados, se reconhecem e são reconhecidos dentro do assentamento como "militantes": representantes do MST. Entrevistamos quatro mulheres e quatro homens. Estes, num primeiro momento, ingressaram na luta por um pedaço de terra, impulsionados pela condição social, como também, pela oportunidade e desejo de tornarem-se assentados. Somente depois, na prática cotidiana de organização, reuniões e trabalho coletivo, produzida a partir de militantes e lideranças do MST, se aproximam do Movimento e assumem tarefas de militância. A oportunidade de conseguir uma "terra de reforma agrária", produzida e apresentada à vida dos sujeitos entrevistados, se relaciona com uma situação de insegurança económica, o que a potencializa. Dos oito, sete vivenciaram posições sociais do mundo rural. E importante ressaltar, nesse sentido, que ao tempo em que as trajetórias sociais dos entrevistados revelam semelhanças, por exemplo, a experiência no mundo rural presente em quase todas, por outro lado, são marcadas por profunda singularidade. A singularidade de cada trajetória social está presente principalmente na interpretação que os entrevistados constroem sobre a sua própria história. Assim, o ingresso na "luta pela terra"" e no próprio MST, pode ter sentidos diversos. A discussão apresentada nesta dissertação suscita questionar a ideia de identidade (no caso da identidade sem-terra) como uma escolha de "amplas possibilidades". A nosso ver, ao contrário disso, a identidade sem-terra se apresenta mediada por "possibilidades objetivas" |
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MENEZES, Marilda Aparecida de.MENEZES, M. A.http://lattes.cnpq.br/9822634790399791BATISTA, Mércia Rejane Rangel.VELOSO, Thelma Maria Grisi.ALMEIDA, M. P. M.http://lattes.cnpq.br/6752661749682520ALMEIDA, Marcos Pablo Martins.O MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, é marcado por certa complexidade, no que diz respeito às posições sociais que compõem a sua organização, bem como às trajetórias sociais dos militantes que o constituem. Discutimos nesta dissertação acerca dos "processos de identificação" da "identidade sem terra", partindo para tanto, de trajetórias sociais de oito militantes assentados no José Antônio Eufrosino: assentamento constituído legalmente em 2005, mas, cujo processo de ocupação se iniciou em 2001, localizado no semi-árido da Paraíba. Brasil. Chamamos de militantes assentados aqueles que, sendo assentados, se reconhecem e são reconhecidos dentro do assentamento como "militantes": representantes do MST. Entrevistamos quatro mulheres e quatro homens. Estes, num primeiro momento, ingressaram na luta por um pedaço de terra, impulsionados pela condição social, como também, pela oportunidade e desejo de tornarem-se assentados. Somente depois, na prática cotidiana de organização, reuniões e trabalho coletivo, produzida a partir de militantes e lideranças do MST, se aproximam do Movimento e assumem tarefas de militância. A oportunidade de conseguir uma "terra de reforma agrária", produzida e apresentada à vida dos sujeitos entrevistados, se relaciona com uma situação de insegurança económica, o que a potencializa. Dos oito, sete vivenciaram posições sociais do mundo rural. E importante ressaltar, nesse sentido, que ao tempo em que as trajetórias sociais dos entrevistados revelam semelhanças, por exemplo, a experiência no mundo rural presente em quase todas, por outro lado, são marcadas por profunda singularidade. A singularidade de cada trajetória social está presente principalmente na interpretação que os entrevistados constroem sobre a sua própria história. Assim, o ingresso na "luta pela terra"" e no próprio MST, pode ter sentidos diversos. A discussão apresentada nesta dissertação suscita questionar a ideia de identidade (no caso da identidade sem-terra) como uma escolha de "amplas possibilidades". A nosso ver, ao contrário disso, a identidade sem-terra se apresenta mediada por "possibilidades objetivas"The MST, Landless Workers' Movement, is marked by a certain complexity with respect to social positions that make your organization as well as the trajectories of social activists who constitute it. We treat in this thesis about the "identification process" of "Landless Workers* Movement Identity", basing of social trajectories of eight settlers militant in the Antônio José Eufrosino: a rural settlement constituted legally in 2005 but whose occupation process started in 2001, located in the semi-arid of Paraíba, Brazil. We call for ''settlers militant"" who recognize and are recognized within the rural settlement as "militants": MST representatives. We interviewed four women and four men. At fírst these entered the social struggle for land, driven by social status, but also for the opportunity and desire to become settlers. Only later, in everyday practice of organizations, meetings and collective work, produced from activists and leaders of the MST, they enter in the MST and they assume the militancy tasks. The opportunity to achieve a "agrarian refonn land", produced and presented to the interviewees' lives, is related to the uncertain economic situation, which enhances. Seven of the eight interviewees experienced social positions of the rural world. We think important to speak that the social trajectories of interviewees revealed similarities, for example, almost of them had had rural live experience, but the social trajectories are marked by a profound uniqueness. The interviewees interpretation about themselves history show us theses uniqueness. The entrance in the "struggle for land" and the entrance in the MST have different meanings. The discussion presented in this thesis questions the concept of identity (in the case of Landless Workers" Movement identity) as a choice of "ample opportunity". In contrast, we understand that "the Landless Workers" Movement identity** appears mediated by "objective possibilities.Submitted by Johnny Rodrigues (johnnyrodrigues@ufcg.edu.br) on 2018-08-30T17:53:04Z No. of bitstreams: 1 MARCOS PABLO MARTINS ALMEIDA - PPGCS DISSERTAÇÃO 2010..pdf: 32011533 bytes, checksum: 2b90027940f3db608e5ea6c9082b7636 (MD5)Made available in DSpace on 2018-08-30T17:53:04Z (GMT). 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(Dissertação de Mestrado em Ciências Sociais) - Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, Centro de Humanidades, Universidade Federal de Campina Grande - Paraíba - Brasil, 2010. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4234info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCGORIGINALMARCOS PABLO MARTINS ALMEIDA - DISSERTAÇÃO PPGCS CH 2010.pdfMARCOS PABLO MARTINS ALMEIDA - DISSERTAÇÃO PPGCS CH 2010.pdfapplication/pdf31049851http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/xmlui/bitstream/riufcg/1608/3/MARCOS+PABLO+MARTINS+ALMEIDA+-+DISSERTA%C3%87%C3%83O+PPGCS+CH+2010.pdf2296a2a6e669f20b017bebebe022c3c0MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/xmlui/bitstream/riufcg/1608/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52riufcg/16082022-10-24 16:00:12.354oai:localhost:riufcg/1608Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512022-10-24T19:00:12Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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