Potencial de captação e armazenamento de água de chuva para residências do Estado da Paraíba.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FRANCISCO, Paulo Roberto Megna.
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: SOUSA, José Hugo Simplicio de., RIBEIRO, George do Nascimento., SILVA, José Nilton., RODRIGUES, Raimundo Calixto Martins.
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35170
Resumo: O clima de toda e qualquer região, situada nas mais diversas latitudes do globo, não se apresentam com as mesmas características em cada ano. O clima é considerado como o elemento condicionador da dinâmica do meio ambiente, pois exerce influência direta tanto nos processos de ordem física, quanto biológica, assim como na sociedade de modo geral (SORIANO,1997). As informações das condições climáticas de uma determinada região são necessárias para que se possam instituir estratégias, que visem o manejo mais adequado dos recursos naturais, planejando dessa forma, a busca por um desenvolvimento sustentável, a implementação das práticas agrícolas viáveis e seguras para o meio ambiente (COSTA NETO et al., 2015). A Organização Meteorológica Mundial (OMM) estabelece que, para estudos comparativos de clima, sejam calculadas médias climatológicas para períodos mais longos possíveis e que existam nos dados consistência e homogeneidade na comparação dos valores observados, e, além disso, é necessário utilizar-se de um período determinado entre as mesmas séries. No entanto, períodos mais curtos de observações, desde que feitas para anos sucessivos, prestam-se para avaliar o comportamento do clima, de acordo com Costa (1994) e Conti (2000). No entanto, a caracterização climática da região Nordeste é um pouco complexa conforme afirma Silva et al. (2008), pois constitui domínio dos climas quentes de baixas latitudes, apresentando temperaturas médias anuais sempre superiores a 18°C, verificando-se desde territórios mais secos no interior até mais úmidos, na costa leste da região. Estima-se que a população mundial se eleve para 8,3 bilhões em 2030, e para 9,1 bilhões, em 2050 (UN DESA, 2009). Embora abundante, a disponibilidade hídrica superficial no Brasil não é homogênea. Há regiões onde a disponibilidade é menor, porém com grande demanda, levando, em alguns casos, ao conflito pelo uso da água (FAO, 2017). Atualmente 48% da população mundial vive em meios urbanos e em 2030 este número estará acima de 60%, segundo dados de UNESCO-WWAP (2003). A precipitação total anual sobre a superfície terrestre tem-se mantido em cerca de 110.000 km3. Parte dela é denominada água azul, correspondendo à porção de precipitação (40%), que alimenta os cursos de água e que serve de recarga aos aquíferos profundos (MOLDEN, 2007). A água, além de ser um recurso vital e de extrema importância como fator de produção para diversas atividades, é fonte essencial para que haja desenvolvimento econômico e tecnológico em todo mundo. No Brasil, as águas pluviais vêm sendo utilizadas nos estados do Nordeste, devido à falta de recursos hídricos, e essa água captada, é usada como fonte de suprimento (CARVALHO, 2010). A região do semiárido no Brasil é a mais povoada do mundo e possui características próprias muito expressivas, das quais a principal delas é a baixa disponibilidade de água natural, bem como pela distribuição irregular ao longo do ano (BASTOS, 2007). Na região nordestina brasileira se encontram 14 milhões de pessoas sem acesso às redes de abastecimento de água potável. Esse contingente representa cerca de 48% dos sem acesso à água garantida, em quantidade e qualidade no país (CHRISTOFIDIS, 2006). Para Hunka (2006), a disponibilidade dos recursos hídricos, bem como, seus usos múltiplos e os conflitos gerados por esses usos, representam atualmente um dos grandes desafios para a sociedade. Diversas têm sido as políticas públicas voltadas para os recursos hídricos da região semiárida brasileira. Nos últimos dois séculos ações de fortalecimento institucional, bem como medidas estruturais e não estruturais, vêm sendo implementadas, algumas comprovadamente de eficácia limitada (INSA, 2012). De acordo com Jalfim (2001), durante os últimos 20 anos, milhares de famílias de agricultores do nordeste brasileiro, têm adotado sistemas de captação de água de chuva, de forma que, tal alternativa têm se apresentado como uma solução de baixo custo e grande eficácia. Os sistemas de aproveitamento de água de chuva têm tido uma crescente aplicação nas áreas urbanas em que estes sistemas atuam como fonte alternativa de abastecimento de água e minimizam os problemas relacionados à indisponibilidade hídrica para o atendimento das crescentes demandas. O uso das águas pluviais no meio urbano viabiliza a economia da água tratada proveniente do sistema convencional de abastecimento de água, visto que uma parcela da demanda de água doméstica, comercial, pública, ou mesmo de uso industrial, pode ser suprida pelo sistema alternativo de captação e aproveitamento das águas pluviais (MAIA et al., 2011). Fewkes e Butler (1999) afirmam que, a coleta, armazenagem e utilização de água da chuva proveniente dos telhados é uma forma simples de redução das demandas municipais, para suprimento de água e tratamento de esgotos. O potencial do aproveitamento de água da chuva, dependendo da localização da edificação, é fundamental. Thomas (2001), por exemplo, afirma que é uma tecnologia-chave para o problema de abastecimento do sertão brasileiro.
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(2008), pois constitui domínio dos climas quentes de baixas latitudes, apresentando temperaturas médias anuais sempre superiores a 18°C, verificando-se desde territórios mais secos no interior até mais úmidos, na costa leste da região. Estima-se que a população mundial se eleve para 8,3 bilhões em 2030, e para 9,1 bilhões, em 2050 (UN DESA, 2009). Embora abundante, a disponibilidade hídrica superficial no Brasil não é homogênea. Há regiões onde a disponibilidade é menor, porém com grande demanda, levando, em alguns casos, ao conflito pelo uso da água (FAO, 2017). Atualmente 48% da população mundial vive em meios urbanos e em 2030 este número estará acima de 60%, segundo dados de UNESCO-WWAP (2003). A precipitação total anual sobre a superfície terrestre tem-se mantido em cerca de 110.000 km3. Parte dela é denominada água azul, correspondendo à porção de precipitação (40%), que alimenta os cursos de água e que serve de recarga aos aquíferos profundos (MOLDEN, 2007). 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Os sistemas de aproveitamento de água de chuva têm tido uma crescente aplicação nas áreas urbanas em que estes sistemas atuam como fonte alternativa de abastecimento de água e minimizam os problemas relacionados à indisponibilidade hídrica para o atendimento das crescentes demandas. O uso das águas pluviais no meio urbano viabiliza a economia da água tratada proveniente do sistema convencional de abastecimento de água, visto que uma parcela da demanda de água doméstica, comercial, pública, ou mesmo de uso industrial, pode ser suprida pelo sistema alternativo de captação e aproveitamento das águas pluviais (MAIA et al., 2011). Fewkes e Butler (1999) afirmam que, a coleta, armazenagem e utilização de água da chuva proveniente dos telhados é uma forma simples de redução das demandas municipais, para suprimento de água e tratamento de esgotos. O potencial do aproveitamento de água da chuva, dependendo da localização da edificação, é fundamental. 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