Perfil socioeconômico de catadores de materiais recicláveis nas diferentes mesorregiões do estado da Paraíba.

• Autor(a) principal: CAVALCANTE, Lívia Poliana Santana.
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: MAIA, Hérika Juliana Linhares., SOUSA, Matheus Urtiga., BARROS, Kléber Napoleão Nunes de Oliveira., SILVA, Monica Maria Pereira da.
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33777
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O modelo de produção e consumo atual resulta na geração excessiva de resíduos sólidos que somada à falta de gestão, não é compatível com a capacidade de suporte do planeta, fato que é alvo de debates entre os diversos segmentos da sociedade, com o intuito de apontar soluções para eliminar e/ou reduzir os impactos ambientais negativos. Os resíduos sólidos comumente são acondicionados, destinados e dispostos de maneira incorreta, provocando vários impactos negativos ao meio ambiente, podendo afetar o solo, a água e o ar (MOTA, 2009). Sabe-se que os resíduos sólidos uma vez gerados requerem soluções adequadas para o seu destino e disposição final, de modo que não alterem as condições do meio ambiente e dos elementos que fazem parte do mesmo, favorecendo a reintrodução da matéria prima no setor produtivo, como afirma Silva (2016). Deste modo, o catador de materiais recicláveis, tem desempenhando uma função de bastante relevância na gestão de resíduos sólidos, contribuindo para os objetivos previstos na Lei Federal nº 12.305/2010, atuando na coleta, transporte, triagem, acondicionamento e comercialização dos resíduos sólidos recicláveis que ao serem descartados indevidamente, ocupariam maior espaço nos aterros sanitários e lixões. Esses profissionais são considerados os principais atores da cadeia produtiva da reciclagem no Brasil. No entanto, ainda são os menos favorecidos nesse processo, pois a atividade laboral exercida envolve um cenário de insalubridades, vulnerabilidades e riscos, contribuindo para a baixa valorização da classe profissional. Na Paraíba o cenário não diverge do nacional. Vários estudos apontam os problemas socioambientais enfrentados durante a rotina laboral exaustiva e penosa dos catadores de materiais recicláveis paraibanos, a exemplo de carga horária de trabalho superior às oito horas recomendadas no artigo 58 da Consolidação das Leis do Trabalho-CLT; exploração e baixa remuneração pelo trabalho exercido; além de exposição a diferentes riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes (CAVALCANTE et al., 2016; CAVALCANTE & SILVA, 2015; BATISTA et al., 2013; SILVA et al., 2012). Diante o cenário enunciado, é fundamental investigar e conhecer profundamente o perfil socioeconômico dos catadores de materiais recicláveis organizados e formalizados que atuam no Estado da Paraíba, admitindo por recorte geográfico as quatro mesorregiões que o compõe: Mata Paraibana (João Pessoa), Agreste (Campina Grande), Borborema (Sumé) e Sertão Paraibano (Cajazeiras).