Irmandades religiosas na Parahyba do Norte: espaços de luta, devolução e festa (1840-1880).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUSA JÚNIOR, José Pereira de.
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/6385
Resumo: A dissertação hora apresentada, e fruto de anos de pesquisa e muitas leituras, e que agora se transforma num contributo para a historiografia paraibana. Nela buscamos analisar como se configurou as Irmandades Religiosas na Parahyba do Norte no período compreendido entre 1840-1880. O objetivo e apresentar algumas discussões sobre a atuação das Irmandades religiosas na Paraíba oitocentista e perceber como eram construídos seus espaços de sociabilidades, devoção, procissões e suas festas junto a sociedade e aos irmãos (negros, brancos e pardos) que integravam como a de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, São Benedito e de Nossa Senhora das Dores, irmandades espalhadas por diversas freguesias, vilas e cidades. Neste cenário, temos ainda as querelas religiosas entre o poder eclesiástico e as irmandades. Vemos ainda, que as festas religiosas ocupam um lugar de destaque, pois as ruas cediam lugar para o colorido dos adornos, as procissões e a alegria das musicas e/ou batuques e a coreografia das danças. A festa, como elemento integrante da cultura, e carregada de símbolos, rituais e significados que são reapropriados e internalizados pelos irmãos e irmas pertencentes a uma irmandade. Os irmãos, no interior das festas observam, interagem, aprendem, se expressam, conquistam e "libertam-se" - pelo menos momentaneamente - de normas de comportamentos impostos pela sociedade escravista e pelo poder eclesiástico, mas, ao mesmo tempo incorporam padrões de comportamento específicos presentes na sua própria cultura. O corpo presente na festa e o humano, o sagrado, o profano, o ritmado, o sociável. Discutimos também, os rituais fúnebres que envolvia os irmãos e irmãs, no qual podemos identificar os tracos da cultura de um povo, de sua etnia, de grupos sociais. Grupos estes, que buscam em meio as devoções, as festas e enterros construir espaços de luta, sociabilidades, trocas de experiencias e a afirmação de sua cultura e identidade.
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Neste cenário, temos ainda as querelas religiosas entre o poder eclesiástico e as irmandades. Vemos ainda, que as festas religiosas ocupam um lugar de destaque, pois as ruas cediam lugar para o colorido dos adornos, as procissões e a alegria das musicas e/ou batuques e a coreografia das danças. A festa, como elemento integrante da cultura, e carregada de símbolos, rituais e significados que são reapropriados e internalizados pelos irmãos e irmas pertencentes a uma irmandade. Os irmãos, no interior das festas observam, interagem, aprendem, se expressam, conquistam e "libertam-se" - pelo menos momentaneamente - de normas de comportamentos impostos pela sociedade escravista e pelo poder eclesiástico, mas, ao mesmo tempo incorporam padrões de comportamento específicos presentes na sua própria cultura. O corpo presente na festa e o humano, o sagrado, o profano, o ritmado, o sociável. Discutimos também, os rituais fúnebres que envolvia os irmãos e irmãs, no qual podemos identificar os tracos da cultura de um povo, de sua etnia, de grupos sociais. Grupos estes, que buscam em meio as devoções, as festas e enterros construir espaços de luta, sociabilidades, trocas de experiencias e a afirmação de sua cultura e identidade.The dissertation was presented, and the result of years of research and many readings, and now becomes a contribution to the paraiban historiography. In it we seek to analyze how the Religious Brotherhoods were configured in Parahyba do Norte in the period between 1840-1880. The objective is to present some discussions about the performance of religious Brotherhoods in the nineteenth century Paraíba and to understand how their spaces of sociability, devotion, processions and their festivals were built with society and the brothers (black, white and brown) who integrated as ours Our Lady of the Rosary of the Black Men, Saint Benedict and Our Lady of Sorrows, brotherhoods scattered throughout various parishes, towns and cities. In this scenario we still have religious quarrels between ecclesiastical power and the brotherhoods. We also see that the religious festivals occupy a prominent place, because the streets gave way to the colorful adornments, the processions and the joy of the music and / or drums and the choreography of the dances. The party, as an integral element of culture, and loaded with symbols, rituals and meanings that are reappropriated and internalized by brothers and sisters belonging to a brotherhood. The brothers inside the parties watch, interact, learn, express, conquer and "break free" - at least momentarily - of norms of behavior imposed by slave society and ecclesiastical power, but at the same time incorporate specific patterns of behavior present in their own culture. The body present at the party and the human, the sacred, the profane, the rhythmic, the sociable. We also discussed the funeral rituals involving the brothers and sisters, in which we can identify the traces of the culture of a people, their ethnicity, social groups. These groups, which seek in the midst of devotions, parties and burials to build spaces of struggle, sociability, exchange of experiences and the affirmation of their culture and identity.Submitted by Deyse Queiroz (deysequeirozz@hotmail.com) on 2019-08-30T11:26:34Z No. of bitstreams: 1 JOSÉ FERREIRA DE SOUSA JUNIOR - DISSERTAÇÃO PPGH 2009..pdf: 9179912 bytes, checksum: 342766c134f07a28470ced2557aa24b9 (MD5)Made available in DSpace on 2019-08-30T11:26:34Z (GMT). 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