Intelectuais e povo: A construção política de categorias sociais no Movimento de Cultura Popular / MCP, Recife (1960 – 1964).

• Autor(a) principal: SILVA, Bianca Nogueira da.
• Data de Publicação: 2008
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36462
• topic: Movimento de Cultura Popular - Recife - 1960-1964; Recife - PE - Movimento de Cultura Popular - 1960-1954; Pernambuco - cultura popular; Cultura - Recife - PE - 1960-1964; Popular Culture Movement - Recife - 1960-1964; Recife - PE - Popular Culture Movement - 1960-1954; Pernambuco - popular culture; Culture - Recife - PE - 1960-1964; História.

A cultura popular brasileira tem ganhado visibilidade na discussão historiográfica principalmente com os trabalhos devolvidos a partir dos anos 1980. Dentro desse diálogo não há homogeneidade quanto à definição de seus termos e seus espaços de atuação. A Cultura Popular em paralelo a Cultura Erudita apresentam-se ora em sintonia, ora em conflito numa dinâmica que torna possível o desnudamento dos aspectos social e políticos da história de Pernambuco. A fim de pensar a história do Recife sob os aspectos culturais da cidade nos deparamos com uma gama de possibilidades, olhares, posturas, estratégias, lugares e entre eles nos propomos a discutir as categorias: intelectuais e povo construídas politicamente que compõe o nosso objeto de estudo, o MCP. O Movimento de Cultura Popular o (MCP), nasceu no Recife dos anos 1960 numa proposta destoante das adotadas até então pelas gestões públicas anteriores, ou seja, a educação para a formação do cidadão e isso se deve em parte a criação da “Frente do Recife” coligação de partidos políticos alinhados a esquerda que toma o espaço público a partir dos anos 1950. A Frente do Recife surge nas agitações dos anos 1930, segundo o advogado comunista Paulo Cavalcanti, quando ainda informalmente as forças esquerdistas se articulam em campanhas nacionais como do “Petróleo é nosso”, no combate ao acordo militar Brasil - Estados Unidos, passando pela cruzada da Paz, contra a bomba atômica e os agitados momentos de luta cívica contra o processo de desnacionalização da economia nacional.